Em busca da felicidade, meta de todos, independentemente de idade, sexo, raça, credo ou profissão, cada pessoa adota um caminho. Uns, legam ao acaso do destino o desenrolar dos acontecimentos, outros tentam “dar uma mãozinha” à eterna batalha pela sobrevivência e pelo amor. Nos rituais de passagem de um período para o outro, ou seja, no Ano Novo, independente da época em que é festejado, por todo o mundo, usar roupa nova é quase uma unanimidade.
Maria Eugênia Cerqueira, autora do livro Feliz Ano Novo – Faça Tudo para Consegui-lo, da editora Cultrix/Pensamento, explica que a roupa íntima é a mais próxima do corpo e a que se veste primeiro, assim, ao menos a “roupa de baixo” deve ser nova. Neste ato está contido o sentido de renovação, além, claro, de ser agradável usar uma peça “brand new”! Se usadas, ao menos as melhores vestes sairão do armário: como se passa o Ano Novo, assim será todo o resto, pensam os russos, os malásios e os líbios, nas comemorações do Alaid Alkabir.
Cerqueira afirma que as cores também adquirem um caráter especial nesta época. Três são as prediletas: vermelha, amarela e branca. “Vale lembrar um pouco nossas aulas de física: os corpos, a menos que sejam eles próprios fontes luminosas, limitam-se a transmitir sensações coloridas. Quando vemos algo vermelho, estamos recebendo de volta raios luminosos desse comprimento de onda, refletidos e não absorvidos pelo objeto. Portanto, a cor ‘vista’ é a que foi devolvida em determinadas condições”, diz.
Note-se, então, que as cores provocam reações, independente ou até contra a vontade do indivíduo, tendo influência no humor, no bem estar e, claro, no comportamento das pessoas.
Este conceito já está amplamente comprovado no meio científico e sabe-se que quando optamos por um certo tom, escolhemos o filtro através do qual nosso corpo será tratado na cromoterapia.
A partir disso, Maria Eugênia esclarece o significado das três principais cores mais usadas nos rituais de final de ano:
Vermelho: é ligado ao sangue, à energia, ao calor, à força vital. O fogo criou o mundo e, presume-se, deve destruí-lo. O formato invertido da chama é atribuído ao coração, órgão que mantém a vida. Nos cultos cristãos, o vermelho corresponde à chama do amor divino, ao Espírito Santo. Assim, por que não usar ao menos uma fitinha, um detalhe desse tom?
Amarelo: Chacra do plexo solar, do amor- próprio, da autoconfiança, essa cor, assim como o vermelho, é símbolo do amor, associado à palavra, à luz e sabedoria. Ao leão, por sua cor, audácia, coragem e potencia de voz, foi atribuído o título de rei dos animais. Cor do sol e do ouro é prenuncio de abundância.
Branco: de uso tão comum entre nós nas festas de final de ano, é o símbolo da própria luz, emblema da divindade máxima. Resultado das sete tonalidades do prisma reúne em si a multiplicidade de todas as cores que vemos. Para os budistas, cor do autodomínio, surge nas auréolas dos santos e nas vestes papais. O branco é o próprio Deus, que ilumina o mundo e o espírito.
“Para se ter uma vida plena, precisamos obter êxito em vários aspectos, assim, fica a dica: que se embaralhem as cores nas roupas, adereços e detalhes vários, trazendo sorte e felicidade”, sugere Maria Eugênia.