
O estilista italiano Giorgio Armani, criador da marca Armani, morreu nesta quinta-feira (4), em Milão, aos 91 anos. A informação foi confirmada pela própria casa de moda em comunicado oficial. Segundo a nota, Armani faleceu em paz, cercado por familiares.
Armani estava afastado de compromissos desde junho, quando precisou se ausentar pela primeira vez de um desfile de sua marca na Semana de Moda Masculina de Milão. O estilista, chamado de “Rei Giorgio”, dirigia um grupo que movimenta cerca de € 2,3 bilhões por ano e deixa uma fortuna estimada em US$ 12 bilhões, de acordo com a revista Forbes.
O funeral será realizado no fim de semana, com cerimônia pública entre os dias 6 e 7 de setembro e, posteriormente, um ato privado.
Trajetória
Nascido em 11 de julho de 1934, em Piacenza, na região da Emília-Romanha, Armani chegou a cursar medicina antes de trabalhar como decorador de vitrines na loja La Rinascente, em 1957. Na década seguinte, consolidou-se ao lado do estilista Nino Cerruti e, em 1974 lançou sua primeira coleção masculina. No ano seguinte, a primeira linha feminina que o projetou mundialmente.
Sua assinatura ficou marcada pela reinvenção do terno; suavizou cortes masculinos e popularizou o uso da peça por mulheres no ambiente de trabalho. Considerado “o primeiro estilista pós-moderno”, também expandiu sua influência para o cinema, vestindo Richard Gere em “Gigolô Americano” (1980) e Michelle Pfeiffer em diferentes produções, incluindo um desfile temático de super-heróis em 2007.
Ao longo da carreira, cultivou amizades com modelos como Gisele Bündchen e personalidades do entretenimento, ao mesmo tempo em que protagonizou rivalidades notórias, como a que manteve com Gianni Versace. Rigoroso nos detalhes, acompanhava de perto coleções, campanhas publicitárias e estratégias de negócios.
Armani será lembrado como um dos nomes mais influentes da moda contemporânea, responsável por unir estética e mercado, e por transformar a maneira como homens e mulheres se apresentam.