Dando sequência às agendas da comitiva goiana no Japão, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, destacou nesta sexta-feira (18/07) os principais resultados da missão internacional, que tem aproximado o setor industrial goiano do mercado asiático. Um dos principais avanços foi o anúncio de um acordo com a HPE Automotores, que produz os veículos da Mitsubishi em Catalão. A partir desse entendimento, a planta goiana será habilitada a exportar veículos para o mercado externo. “Isso deve gerar aumento na produção, mais empregos e atrair novos investimentos para a região”, afirmou o dirigente.
Ele destacou ainda que a comitiva goiana foi recebida pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão e pela vice-ministra de Relações Internacionais, com um diálogo voltado ao potencial de Goiás em terras raras, insumos estratégicos para a transição energética. Segundo ele, o interesse foi tanto que uma missão política japonesa está confirmada para visitar o estado em agosto.
Outro ponto relevante da missão foi o encontro com representantes do Japan Bank for International Cooperation (JBIC), equivalente ao BNDES japonês. As conversas trataram do financiamento para obras de infraestrutura em Goiás, incluindo a eletrificação de alta voltagem no Vale do Araguaia e a construção de silos para armazenagem agrícola, gargalo atual do setor produtivo.
Conforme destacou o dirigente, a atuação da Fieg também envolveu a promoção de iniciativas de qualificação profissional e inovação desenvolvidas em parceria com a HPE, por meio do Senai, do IEL e do Instituto de Inovação da Fieg. “Temos uma indústria comprometida com a formação de talentos e com o avanço tecnológico. Estamos mostrando ao mundo o potencial do nosso estado”, reforçou.
Na avaliação de André Rocha, a aproximação com o mercado japonês representa um novo ciclo de oportunidades para setores como agroindústria, cosméticos, farmacêutico e logística. “A missão tem reforçado que Goiás está preparado para ser um polo competitivo em inovação, exportação e desenvolvimento industrial”, concluiu.