O verão tropical começa e, junto com ele, velas coloridas presas a pranchas de surfe passam a enfeitar os mares, lagoas e rios do país. As alças, os trapézios e as retrancas completam o traje dos windsurfistas e garantem total segurança aos praticantes que encaram o delicioso desafio de tentar planar na correnteza sob a ação do vento.
Apesar de a atividade que une o surfe ao iatismo ter sido idealizada por havaianos e americanos, o Brasil é um dos locais mais cobiçados para a prática. A diversidade de destinos de água e as lindas paisagens moldadas por ventos constantes fazem do país uma das referências mundiais para os amantes do windsurfe.
O principal desafio para quem está começando é se equilibrar em cima da prancha. Depois que começar a ter noções de direção e fazer manobras, é uma sensação indescritível, comenta Alex Tadeu Damico, gerente financeiro, Ilhabela (SP).
Em 1930, o havaiano Tom Blake inventou a modalidade. Quase 40 anos depois, em 1967, os americanos Hoyle Schweitzer e Jim Drake foram os responsáveis por transformar o antigo sailboard no windsurfe, como atualmente é conhecido e admirado não só pelos praticantes, que relatam o sentimento de liberdade, como também pelos espectadores, fãs do visual diferente que o colorido das velas proporciona.
A atividade pode ser praticada de norte ao sul do Brasil e requer a atenção de instrutores no início. Uma boa pedida para os principiantes são as escolas filiadas à ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), que estão preparadas para ensinar esta atividade de aventura que atrai cada vez mais turistas.
Qualquer pessoa pode praticar desde que esteja em boas condições físicas. Saber nadar é um requisito essencial, mesmo que os equipamentos garantam a segurança. A prática do windsurfe é uma ótima oportunidade de interagir com a natureza, seja nas praias do nordeste, como Jericoacoara, no Ceará, ou na Represa de Guarapiranga, em São Paulo.