O Natal, celebrado em 25 de dezembro, marca o nascimento de Jesus Cristo, figura central do Cristianismo. A data é uma das mais importantes do calendário cristão, ao lado da Páscoa, que celebra a ressurreição de Cristo. Em muitos países, o dia é feriado religioso e movimenta celebrações públicas e privadas. Mais do que um único dia, o Natal se estende por um período simbólico, fundamental para compreender a origem dos símbolos do Natal. É o chamado ciclo natalino, que vai até 6 de janeiro, Dia de Reis.
Esse intervalo faz referência ao tempo que, segundo a tradição cristã, os Reis Magos levaram para chegar a Belém. Baltazar, Gaspar e Melchior teriam seguido uma estrela até o local do nascimento de Jesus. A narrativa reforça a ideia de jornada, fé e revelação. Esses elementos ajudam a explicar a origem dos símbolos do Natal ligados à esperança e à renovação. Cada detalhe da celebração tem uma história específica.
Antes de assumir um significado cristão, o Natal esteve ligado a festas pagãs da Antiguidade. Em Roma, dezembro marcava o solstício de inverno e a celebração do Deus Sol, conhecida como natalis invicti Solis. Era um período associado ao fim de ciclos e ao renascimento da luz. Outras culturas também celebravam a mudança das estações. Esses rituais ajudam a entender a origem dos símbolos do Natal incorporados ao longo do tempo.
A partir do século IV, com a consolidação da Igreja Católica em Roma, a data passou a ser oficialmente associada ao nascimento de Cristo. Como não há registros históricos sobre o dia exato do nascimento de Jesus, o 25 de dezembro foi adotado para ressignificar festas já populares. A escolha foi ratificada em 350 d.C. pelo papa Júlio I. Assim, antigas celebrações ganharam novos sentidos religiosos, influenciando diretamente a origem dos símbolos do Natal como conhecemos hoje.
Presépio, anjos e a estrela
Entre os símbolos mais conhecidos do Natal está o presépio, peça central para compreender a origem dos símbolos do Natal cristão. Ele representa a cena do nascimento de Jesus e reúne figuras centrais da tradição religiosa. Maria, José, o menino Jesus, os Reis Magos, os anjos e a estrela compõem o cenário. O primeiro presépio foi criado por São Francisco de Assis, no século XIII, na Itália, com objetivo pedagógico e religioso.
Com o tempo, o presépio se espalhou por igrejas, casas e espaços públicos. Ele simboliza a união entre o divino e o terreno. Os anjos remetem ao arcanjo Gabriel, responsável por anunciar a Maria que ela seria mãe de Jesus. Já a estrela representa o sinal que guiou os Reis Magos até Belém, reforçando a origem dos símbolos do Natal ligados à fé e à orientação espiritual.
A árvore de Natal e seus significados
A árvore de Natal tem origem em tradições europeias antigas, especialmente na Alemanha medieval. Na época, era comum montar a chamada “árvore do Paraíso”, inspirada no Jardim do Éden. Ela era decorada com frutas, como maçãs, que simbolizavam fertilidade e vida. Esses costumes ajudam a explicar a origem dos símbolos do Natal associados à natureza e à renovação.
O pinheiro se consolidou como a árvore mais utilizada por resistir ao inverno europeu. Por isso, passou a simbolizar esperança, permanência e paz. Tradicionalmente, a árvore é montada em dezembro e desmontada no Dia de Reis, em 6 de janeiro. O gesto marca o encerramento do ciclo natalino e reforça a origem dos símbolos do Natal ligados à passagem do tempo.
Papai Noel
O personagem mais popular do Natal tem origem em São Nicolau, bispo que viveu na região da atual Turquia. Conhecido por ajudar pessoas pobres de forma anônima, ele ficou associado à ideia de generosidade. Um dos relatos mais conhecidos conta que Nicolau teria deixado sacos de moedas para ajudar um pai sem recursos a casar as filhas. Essa tradição é fundamental para compreender a origem dos símbolos do Natal relacionados à troca de presentes.
Com o tempo, escritores e campanhas publicitárias transformaram a figura de São Nicolau no Papai Noel moderno. A imagem passou a representar aquele que recompensa boas atitudes com presentes. Hoje, o personagem é um dos símbolos mais fortes do Natal, ainda que tenha adquirido um caráter mais comercial dentro da evolução da origem dos símbolos do Natal.
Amigo-secreto
Já a origem do amigo secreto não é totalmente consensual. Uma das versões aponta para a Grécia Antiga, onde pessoas influentes eram presenteadas a partir de escolhas aleatórias. Outra teoria situa o surgimento no século XVIII, entre povos nórdicos, com trocas de presentes ligadas a pactos religiosos. Essas práticas ajudam a ampliar a compreensão da origem dos símbolos do Natal contemporâneo.
Há ainda uma explicação mais recente, ligada à crise econômica de 1929, nos Estados Unidos. Durante confraternizações de trabalho, operários queriam trocar presentes, mas a situação financeira tornava o gesto inviável. A solução foi sortear apenas uma pessoa para presentear. A prática ficou conhecida como Secret Santa e se espalhou por outros países, reforçando novos sentidos para a origem dos símbolos do Natal no mundo moderno.
A ceia e o encontro à mesa
A ceia de Natal tem raízes em festas antigas, como a Saturnália romana e as celebrações do solstício de inverno. Ao longo dos séculos, o ritual foi incorporado ao Cristianismo e passou a marcar a noite de 24 de dezembro como um momento de encontro e partilha. A mesa natalina também faz parte da origem dos símbolos do Natal ligados à convivência e à abundância.
Entre os pratos principais, o peru ganhou destaque a partir das festas de Ação de Graças nos Estados Unidos e se popularizou no Brasil com campanhas publicitárias a partir dos anos 1970. Já o Chester surgiu nos anos 1980 como uma criação da indústria nacional. O bacalhau chegou pela herança portuguesa, enquanto o pernil se consolidou como símbolo de fartura, reforçando a origem dos símbolos do Natal à mesa.
Nas sobremesas, o panetone tem origem em Milão, na Idade Média, e chegou ao Brasil com os imigrantes italianos no início do século XX. A rabanada nasceu do reaproveitamento do pão amanhecido e ganhou força por influência portuguesa e francesa. Já o pavê, de origem francesa, se tornou presença frequente nas ceias brasileiras, completando o repertório que ajuda a contar a origem dos símbolos do Natal no país.












