por Adan Neto
No dia 28 de junho de 1969, em Nova York, ocorreu a Revolta de Stonewall, liderada pela drag queen Marsha P. Johnson, que reivindicava direitos e liberdade para a comunidade queer. Desde então, a data celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e torna o mês de junho palco de debates sobre a conscientização e a importância da temática na sociedade. No Brasil, a Parada do Orgulho de São Paulo é uma das maiores celebrações da América Latina.
A indústria do cinema é uma grande aliada da causa, com produções que carregam mensagens políticas e celebram a diversidade, como longa-metragens, documentários, curtas e séries relacionados ao universo LGBTQIA+. Selecionamos 7 filmes para assistir e prestigiar o Dia do Orgulho. Confira:
Hoje eu quero voltar sozinho
A produção nacional é um dos principais destaques do cinema brasileiro. O filme retrata as descobertas amorosas e de sexualidade de dois adolescentes de São Paulo, entre eles Leo, uma pessoa com deficiência visual, que se apaixona por seu amigo Gabriel. A trama torna-se uma importante forma de representar a diversidade e desmistificar as barreiras e preconceitos relacionados às formas de amar. Disponível na Netflix.
Moonlight
Ganhador do Oscar de 2017, a produção retrata a descoberta de uma sexualidade reprimida de um jovem negro chamado Chiron. O filme, além de debater a homossexualidade, também aborda o racismo como fator repressor da liberdade de orientação sexual. Com diálogos profundos e fotografias impressionantes, o filme é comovente conforme se adentra na narrativa do personagem, sendo um importante meio de debate ao racismo e à homofobia. O longa está disponível no catálogo do Prime Video.
Monster
Lançado em 2023, a produção ganhou o prêmio de “Melhor Roteiro” no Festival de Cannes. O filme retrata a descoberta da sexualidade de duas crianças no interior do Japão e os desafios que enfrentam devido ao bullying. A narrativa é sensível e emocionante, com simbolismos e fluidez leve. Em alguns momentos é digno de lágrimas, mas deixa importantes reflexões sobre as dificuldades de ser uma criança queer e sobre a fase de descobertas.
Retrato de uma jovem em chamas
A narrativa se passa em 1770, quando uma pintora é convidada para realizar um retrato de uma jovem prestes a se casar. O filme explora as descobertas sexuais e a relação de intimidade entre as duas mulheres que vivem em um contexto social conservador e repleto de desafios para a homoafetividade. O filme é francês e rende belíssimas imagens, tornando a história ainda mais envolvente e representativa do universo lésbico. Disponível no Telecine.
Brokeback Mountain
Com indicação ao Oscar e um elenco de peso, a produção de 2005 retrata as aventuras de dois homens do interior dos Estados Unidos e as dificuldades de ser gay em uma realidade conservadora e homofóbica. A emocionante narrativa também aborda a repressão da sexualidade e suas consequências, sendo uma alternativa de reflexão e comoção. O longa está disponível no Prime Video e na Netflix.
Paris is Burning
O filme-documentário retrata a cena do Ballroom da década de 1980 em Nova York. Baseado em personalidades reais, “Paris Is Burning” é uma das principais obras que mostram o pioneirismo de pessoas trans, drag queens e travestis negras na luta pelos direitos e visibilidade da causa LGBTQIA+. Os Ballrooms são recintos criados para o prestígio e celebração de danças e competições entre as casas acolhedoras de membros da comunidade queer, tornando-se uma das principais formas de resistência. Para assistir, acesse o Prime Video.
Close
O filme é um dos maiores sucessos do cinema LGBTQIA+ e foi escolhido pela Bélgica, seu país de produção, para combater a homofobia. A narrativa silenciosa retrata a infância de duas crianças camponesas e as consequências do bullying. O filme é metafórico e é uma belíssima produção de prestígio e conscientização sobre a luta contra os preconceitos. O longa entrou recentemente para o catálogo da Netflix.
