<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/eduardo%20albergaria%20cr%C3%A9ditos%20divulga%C3%A7%C3%A3o.jpg" alt="Eduardo Albergaria é o diretor e roteirista de "Happy Hour – Verdades e Consequências" (Foto: Divulgação)" width="875" height="491" /></p>
<p style="text-align: justify;">“Dá liberdade ao seu desejo”. A frase, repetida e pensada várias vezes pelo argentino Horácio, personagem de Pablo Echarri em "Happy Hour – Verdades e Consequências" é emblemática no filme. Escrito e dirigido por Eduardo Albergaria, o longa, que estreou no Festival do Rio em 2018, marcou a abertura da 12ª edição da mostra O Amor, A Morte e As Paixões, realizada na última quarta-feira (20) no Cinema Lumière do Banana Shopping.</p>
<p style="text-align: justify;">Esta não é a primeira vez de Eduardo em Goiânia. O diretor já havia vindo a capital goiana para apresentar "Achados e Perdidos", seu primeiro curta-metragem, lançado em 2002. Hoje, anos depois, ele volta para apresentar "Happy Hour", seu primeiro longa, uma produção entre Brasil e Argentina com Letícia Sabatella, Pablio Echarri, Chico Diaz e Pablo Morais no elenco.</p>
<p style="text-align: justify;">“Fico muito orgulhoso e feliz pelo convite de estar na mostra. Essa é a terceira vez que eu vou exibir o filme. A primeira vez foi no Rio de Janeiro, no ano passado, e agora, acabei de chegar de Buenos Aires, onde o longa acabou de ser lançado no circuito comercial da Argentina, em cerca de 40 salas”, diz o diretor.</p>
<p style="text-align: justify;">Em “Happy Hour”, o desejo, as aparências e os relacionamentos são discutidos por meio da história de Horácio (Echarri), um professor universitário argentino casado com Vera (Sabatella), deputada no Rio de Janeiro, que subitamente vira herói da noite para o dia após capturar um criminoso, o Homem-Aranha (Pablo Morais), que aterrorizava a cidade carioca.</p>
<p style="text-align: justify;">O acontecimento faz Horário repensar sobre sua vida, o que o leva a confessar para a esposa que ele deseja ter relações com outras pessoas, embora também queira continuar com o casamento. A revelação vem em um momento difícil para Vera, que está prestes a se tornar candidata à prefeitura do Rio. Ela não aprova a ideia do marido, mas percebe que, no dado contexto, precisa manter o relacionamento. </p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Trabalho autoral</strong></p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/happy%20hour%20-%20filme.jpg" alt="Letícia Sabatella e Pablio Echarri são os protagonistas de "Happy Hour" (Foto: Divulgação)" width="875" height="492" /></p>
<p style="text-align: justify;"> Happy Hour marca um momento especial na carreira de Eduardo. Depois de atuar na produção de longas-documentários, como “O engenho de Zé Lins” e “Por trás do Marketing Político”, e na criação, direção e roteiro de temporadas de programas da Globosat, como “Tira Onda” e “De Cara Limpa”, do Multishow, e “Pet.Doc”, do GNT, o diretor e roteirista se aventura agora em um trabalho totalmente autoral.</p>
<p style="text-align: justify;">“’Happy Hour’ nasceu de uma peça de teatro que eu escrevi com o Carlos Thiré. Depois, na adaptatão para o cinema, erouxe o Fernando Velasco. Esse filme representa o que eu queria dizer. É honesto, fala sobre liberdade, desejo e verdade, algo que parece estar tão em falta. Parece que mataram a verdade, ela está escondida”, reflete Eduardo.</p>
<p style="text-align: justify;">A co-produção entre Brasil e Argentina surgiu de forma inesperada. “Por uma espécie de impulso, eu mandei o roteiro para uma produtora argentina. Eu não a conhecia. Ela gostou da história e estamos aqui hoje", explica Eduardo. A experiência foi enriquecedora. "Sou fã do cinema argentino, das suas histórias, que dialogam muito com literatura, que também é algo muito importante na minha vida. O cinema é uma arte coletiva e a co-produção te desafia a olhar de um outro modo. Eu aprendi muito… foi uma tremenda sorte”, ressalta.</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/happy%20hour%20-%20filme%202.jpg" alt=""Happy Hour" é o primeiro trabalho autoral de Eduardo Albergaria em um longa-metragem (Foto: Divulgação)" width="868" height="488" /></p>
<p style="text-align: justify;">A relação entre Brasil e Argentina não fica só na produção. Albergaria também a traz na essência da história, uma forma de evidenciar as similaridades entre os brasileiros e os <em>hermanos. </em>“Nós temos muito mais em comum com eles do que as pessoas insistem em falar. É uma espécie de rivalidade que não ajuda em nada”, comenta.</p>
<p style="text-align: justify;">Essa dualidade também é trabalhada em Horário, que mesmo com o tempo vivendo no Rio de Janeiro, ainda se sente um estrangeiro – sentimento que foi reforçado na adaptação da peça para o cinema. "Quando eu estava desenvolvendo o roteiro, entendi que o Horácio tinha esse comportamento. Na peça, ele era brasileiro, mas eu entendi que seria mais interessante se ele fosse estrangeiro, de fato, no filme", explica Eduardo.</p>
<p style="text-align: justify;">Além da presença de Eduardo Albergaria, a sessão de "Happy Hour" na 12ª mostra O Amor, a Morte e as Paixões contou com a presença do ator Pablo Morais e de convidados e imprensa. Os 100 primeiros espectadores que retiraram pessoalmente o ingressono cinema também puderam prestigiar a exibição, que ocorreu antes do lançamento oficial do filme nas salas brasileiras.</p>
<p style="text-align: justify;">"Happy Hour” estreia nos cinemas brasileiros no dia 21 de março. Luciano Cáceres, Aline Jones, Letícia Persiles e Rocco Pitanga completam o elenco. A produção é de Leonardo Edde e Vanessa Ragone.</p>