30 anos da morte de Ayrton Senna: confira o legado e a contribuição do piloto ao país

Tricapeão ajudou a mudar o esporte e a segurança no dia a dia
30 anos da morte de Ayrton Senna
(Foto: Miguel Costa Jr)

Nesta quarta-feira (1) completa 30 anos da morte de  Ayrton Senna, piloto e tricampeão de F-1. Em 1994, na mesma data, Senna desgrudava da pista e colidindo na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália, comovendo todo o Brasil. O paulistano, que era um dos pilotos mais promissores do esportivo mundial, espalha seu legado até os dias atuais com contribuições ao automobilismo e à segurança.

Ayrton representava o Brasil no esportivo com maestria. Ao todo, o piloto participou de 161 grandes prêmios na Fórmula 1, alcançando 41 vitórias, 80 pódios e 65 pole positions, fazendo a alegria dos brasileiros que se reuniam para vibrar pelo jovem paulista na pista.  Senna defendia que a aprendizagem e o aperfeiçoamento era os principais dentro de sua carreira, gostava das altas emoções que a velocidade proporcionava e incomodava muitos adversários com sua habilidade.

Em uma entrevista de dez anos atrás, o então presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Max Mosley, deixou claro: “Aquele final de semana em Ímola literalmente ajudou a mudar a segurança nas ruas. Sem dúvidas, salvou milhares de vidas”. Ao lado do então diretor-médico da FIA, Sid Watkins, Mosley levou a entidade a promover mudanças importantes. 

Após a chocante morte em pista de um dos maiores pilotos de automobilismo do mundo, o cenário esportivo sofreu diversas alterações de segurança dos pilotos, como o Euro NCAP, um inovador sistema europeu de avaliação de novos veículos, e crash tests, contabilizador de batidas controladas para avaliação de segurança. 

O brasileiro Alex Dias Ribeiro reconhece esse como um dos principais fatos resultantes da tragédia que parou o Brasil naquele domingo: “Depois de sua morte, imediatamente a FIA criou a Comissão de Segurança, que impôs mudanças nas estruturas dos carros, das pistas e no atendimento médico. Ayrton venceu. Venceu por quê? Porque vinte anos se passaram depois de sua morte sem que morresse um só piloto na Fórmula 1. Essa é a vitória que ele estava buscando”, conclui Ribeiro.

Já Felipe Massa, ex-piloto da Ferrari na F-1. “Quando estava ainda começando minha carreira, todas as categorias na Europa tinham um piloto brasileiro disputando vitórias […] Percebi esse respeito por nós quando cheguei lá, e acredito que essa tenha sido outra grande marca deixada por Senna”, lembra ele. 

Passadas três décadas da tragédia, boa parte da geração nascida nos anos 2000 e que agora inicia a fase profissional no automobilismo também tem Senna como referência. É o caso de Zezinho Muggiati, mais novo piloto do grid da Stock Car. “[…] acredito que essa dedicação era o que o Ayrton tinha de sobra, é o que ele tentava ensinar para todos. Essa mensagem, da dedicação total, para mim, é muito importante e faz diferença toda vez que vou para a pista”, completa o jovem Muggiati, de 20 anos.

O legado do piloto não fica somente no esporte. No mesmo ano de sua morte, sua irmã Viviane Senna, fundou o Instituto Ayrton Senna, que é uma organização sem fins lucrativos que visa a educação integral de qualidade no Brasil. 

Fonte: BestPR Comunicações

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