21ª Goiânia Mostra Curtas abre inscrições para filmes

Curtas-metragens podem ser inscritos gratuitamente de 9 de março a 6 de abril
(Foto: Aneta Pawlik/Unsplash)

O Icumam Cultural e Instituto abre inscrições para filmes da 21ª Goiânia Mostra Curtas entre os dias 9 de março e 6 de abril de 2022, pelo site goianiamostracurtas.com.br. Os inscritos serão analisados pela curadoria das mostras competitivas e a lista com os selecionados está prevista para ser divulgada até o dia 26 de abril, podendo haver prorrogação a critério da organização.

Podem se inscrever obras audiovisuais de todos os gêneros com duração máxima de 25 minutos, finalizadas a partir de janeiro de 2021 e que tenham cópia de exibição em formato solicitado pela plataforma digital, de acordo com as especificações técnicas previstas no regulamento disponível no site oficial do festival. Excepcionalmente, para os filmes produzidos em Goiás, poderão se inscrever curtas-metragens realizados a partir de 2020, devido à escassez de políticas públicas destinadas à produção audiovisual no estado durante o período pandêmico.

A participação na 21ª GMC é gratuita. Os filmes vencedores das mostras competitivas levam prêmios em produtos e serviços fornecidos por parceiros da indústria cinematográfica, com foco no incentivo à produção. O júri oficial que elegerá os vencedores é formado por realizadores, roteiristas, diretores, críticos e pesquisadores de cinema.

Este ano o festival terá três mostras competitivas: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Goiás e Curta Mostra Animação. Além dessas, terá outras duas sem caráter competitivo: a 20ª Mostrinha, voltada ao público infanto-juvenil; e a Curta Mostra Especial, que a cada edição aborda temáticas relevantes do cotidiano para promover a reflexão, a representatividade e a discussão sobre o assunto escolhido.

21ª Goiânia Mostra Curtas

Em 2022, o festival chega à sua 21ª edição e será realizada de 5 a 10 de julho de 2022, de forma totalmente online e gratuita, assim como a edição de 2021, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. O festival não acontecerá em sua tradicional data em outubro, pois o projeto foi aprovado no edital emergencial da Lei Aldir Blanc.

“A Goiânia Mostra Curtas é mais do que um festival, o evento se tornou um divisor de águas para o audiovisual em Goiás, trazendo à tona e levando para o Brasil tudo que o Estado tem a oferecer nesse setor. E em todos esses anos, a trajetória foi de luta, conquistas, aprendizados, formação de plateia e fomento à produção audiovisual”, ressalta a diretora-geral e produtora da Goiânia Mostra Curtas, Maria Abdalla.

Segundo Abdalla, é esse foco na democratização do acesso ao audiovisual, da qualificação profissional, do estímulo à produção, e formação de plateias para o cinema nacional que tornou o festival o que é atualmente: “Mesmo diante das perdas que o setor cultural vem sofrendo devido à pandemia, da ausência de investimentos e políticas públicas destinadas à cultura – e porque não dizer da falta de sensibilidade e abandono à área, que tanto precisa de incentivos por parte dos governos – a 21ª Goiânia Mostra Curtas vai acontecer. O cenário nem sempre foi dos mais favoráveis, mas o festival nunca deixou de ser realizado. Somos movidos pela vontade e pelo desejo de contribuir para o desenvolvimento do setor em nosso estado”.

Totalmente gratuita, a 21ª Goiânia Mostra Curtas inclui a exibição de filmes produzidos em 2021 e 2022, divididos entre as tradicionais mostras competitivas e não-competitivas. Além dos curtas-metragens exibidos ao longo dos seis dias de evento, a programação do festival envolve também diversas atividades formativas – Laboratório de Roteiros Audiovisuais, oficinas, masterclass, palestra, debates – homenagem e outras atrações. As novidades da programação são disponibilizadas pelo site e redes sociais do festival.

Mais de duas décadas de história

Ao longo de mais de 20 anos, a Goiânia Mostra Curtas acompanhou a evolução do audiovisual, seja ela tecnológica, de linguagem ou formato. E nesse sentido, alcançou seu destaque no Brasil, sendo sempre lembrada e reconhecida pelos grandes profissionais do mercado, que estão presentes em cada ano, seja nas curadorias, nos júris, nas consultorias, palestras, oficinas ou várias outras atividades formativas.

Com produções de todo o país, o festival busca sempre a valorização da representatividade e da regionalidade como linguagem, colocando em evidência a diversidade social, política, étnica e cultural brasileira. Tudo isso consolidado em quatro pilares: a democratização do acesso ao audiovisual; a qualificação profissional; o estímulo à produção; e a formação de plateias para o cinema nacional.

Ao longo dos anos, a Goiânia Mostra Curtas desenvolveu cartazes evidenciando o trabalho de artistas e ilustradores goianos, com a arte representando mensagens associadas à cultura e ao audiovisual. A exposição virtual, com cartazes desde a 1ª edição, está disponível para visualização através do site do evento.

A arte do cartaz da 21ª Goiânia Mostra Curtas é de autoria de Selon, artista que desenvolve murais e intervenções urbanas desde 2000, idealizando projetos em São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, entre outras cidades. Na criação do cartaz para esta edição da GMC, Selon propôs uma composição baseada em módulos intercambiáveis que representam desde os quadros dos filmes fotográficos até as imagens encontradas em aplicativos nas telas de celulares. O artista utilizou de suas experiências urbanas para criar composições geométricas e em cada módulo criado apresenta uma sequência de manifestações visuais recorrentes em seus trabalhos.

Para esta edição, a Goiânia Mostra Curtas conta com um exímio time de curadores que selecionarão os filmes para as mostras do festival. Entre os convidados estão nomes como Rafael de Almeida, realizador e pesquisador de cinema e professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás; Fábio Rodrigues Filho, que trabalha na crítica, realização, programação e pesquisa em cinema; Cesar Cabral, formado em Cinema e Vídeo pela ECA-USP; Gabriela Romeu, escritora, documentarista e pesquisadora da infância; Talita Arruda, que pesquisa e estuda estratégias de circulação audiovisual e a formação de novas audiências em diferentes janelas, com foco nos cinemas negros contemporâneos; e Melina Bomfim, especialista em documentário pelo Observatório – Escuela de Cine Documental de Buenos Aires.

(Divulgação)

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