A madeira, muito usada na decoração dos ambientes, ganha cada vez mais espaço e se torna a queridinha dos arquitetos na hora de desenhar os projetos interiores. O profissional Léo Romano diz que a causa é sua praticidade, beleza e durabilidade e a versatilidade do material.
“Acho que a madeira, assim como a pedra, é um material vivo, natural. Buscamos sempre elementos que sejam de fácil reconhecimento para nossos projetos, e acho que a madeira tem essa grande virtude, além do interesse estético, tátil, e do aspecto sensorial que ela desperta nas pessoas. Ela garante sempre uma sensação de bem-estar e aconchego para os espaços interiores”, destaca ele.
Se no passado, ela era aplicada predominantemente no piso, hoje seu uso é livre. “Ela pode vir no piso, teto, parede, mobiliário, bancadas… ela consegue vestir a casa de várias maneiras, seja através de ripados, painéis, muxarabi, madeira talhada”, explica Léo Romano, um fã declarado da madeira. “Em meus projetos eu sempre uso madeira, desde que eu virei arquiteto, há 26 anos. É uma admiração pelas características do material”, revela.
O arquiteto alerta, porém, para a conscientização de se usar material certificado, de empresas que se preocupam com o meio ambiente. Além de ser uma prática sustentável, o uso de madeiras certificadas também valoriza os imóveis na hora da venda, segundo pesquisa divulgada pela DreamCasa. De acordo com a publicação, combinar essas madeiras, cartelas de cores e iluminação adequada agrada aos compradores, que pagam até 19% a mais no valor venal do imóvel.
Escolha sem erro
Léo Romano lembra que a escolha de onde revestir em madeira exige, antes de tudo, bom senso e intenção estética. “Temos que pensar sempre em projetos de interiores colocando um objetivo e que tipo de solução que se almeja naquele lugar. O material vem como consequência de uma escolha conceitual. Ele é a resposta e não o caminho”, diz.
Se o espaço pede muito aconchego, a dica é usá-lo de uma forma mais pragmática, às vezes no piso, teto, definindo alguns volumes, marcando espaços, criando formas geométricas. “Se a pessoa não quer errar, ela pode escolher um dos espaços para aplicar a madeira. Então, no quarto, por exemplo, ela pode escolher a parede que pode ser a cabeceira da cama, que fica muito elegante, ou a parede lateral”, sugere.