A construção civil em Goiás apresentou crescimento de 9,3% no número de empregos gerados em 2023 em relação a 2022. Conforme dados levantados pelo Novo Caged, em 2023 foram admitidos 95 mil trabalhadores, com saldo de 3.528 empregos (descontados os desligamentos).
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (PNAD), divulgados neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), apontam que a construção civil em Goiás tinha 337 mil trabalhadores com carteira assinada no terceiro trimestre de 2023. É um aumento de 22 mil novos postos em relação ao mesmo trimestre de 2022. O setor é o 5º que mais gera postos no mercado de trabalho formal do Estado.
Um exemplo desta expansão no mercado de trabalho na construção em Goiás é a Vega Incorporações, que ampliou seu quadro pessoal em 32,6% no ano passado. “Este forte crescimento reflete a consolidação do fluxo da incorporadora, que preconiza um lançamento a cada seis meses nas regiões de Goiânia e do Distrito Federal”, afirma José Vieira, sócio-diretor da Vega Incorporações.
A perspectiva da Vega para este ano é aumentar o número de contratações em até 50%, com o início de três novos empreendimentos e evolução das obras em andamento. A incorporadora tem em seus quadros, atualmente, incluindo terceirizados, mais de 500 colaboradores.
Desempenho e expectativa
O bom desempenho em contratações foi possível mesmo diante de uma pequena retração do setor, de 0,5%. O resultado ficou abaixo das expectativas projetadas no início de 2023, que eram de crescimento de 2,5%, uma consequência direta das altas taxas de juros praticadas nos últimos anos.
“É importante lembrar que as vendas de ontem refletem no emprego de hoje. Estamos sentindo o impacto de obras que iniciamos nos últimos dois anos, devido ao processo produtivo longo, característica básica do setor”, explica o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia.
Em relação ao número de trabalhadores na construção, quando considerado o cenário nacional (dados de outubro de 2023), o número de empregados no setor com carteira assinada foi de 2,675 milhões, o maior desde julho de 2015 (2,693 milhões).
Em 2023, segundo a CBIC, o setor teve um saldo positivo de quase 159 mil novos empregos. O estudo ainda mostrou crescimento de 10,49% no número de empregos formais criados de janeiro a outubro de 2023.
Para 2024, a previsão é que o PIB do setor cresça 1,3%. Segundo Renato Correia, os fatores que favorecem o cenário são a continuidade do processo da queda de juros, o avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além do avanço esperado no mercado econômico a partir do novo ciclo do programa Minha Casa, Minha Vida.