A banda goiana Carne Doce, formada em 2013, anunciou uma pausa nas atividades após cerca de 12 anos de trajetória. Em comunicado nas redes sociais, o grupo agradeceu ao público e aos parceiros que acompanharam sua caminhada: “Muito obrigado a todos vocês que nos ouviram e nos ouvem, que foram aos nossos shows, que cantaram e vibraram com a gente, que nos divulgaram para seus amigos, para as pessoas que vocês amam. Vocês nos inspiraram, nos encheram de amor e sentido.”
Desde sua formação, a banda teve como núcleo os músicos Salma Jô (voz), Macloys Aquino (guitarra), João Victor Santana Campos (guitarra e produção), Aderson Maia (baixo) e Fred Valle (bateria). A motivação direta para a suspensão das atividades foi a saída do guitarrista e produtor João Victor, que participou de todos os álbuns e shows da banda. No comunicado conjunto, os integrantes expressaram gratidão por toda a equipe, amigos, fãs e profissionais que colaboraram ao longo do caminho, e afirmaram que “a música não para”, sinalizando que, embora o ciclo da banda se dilua por ora, as possibilidades futuras permanecem.
Trajetória
Ao longo dos anos, lançou cinco álbuns de estúdio “Carne Doce” (2014), “Princesa” (2016), “Tônus” (2018), “Interior” (2020) e “Cererê” (2024).
O último álbum, “Cererê” dedica-se a revisitar as origens da banda na cena de rock alternativo de Goiânia, em homenagem ao Centro Cultural Martim Cererê, palco importante para o coletivo e outros artistas locais. Nas letras e sonoridade, Carne Doce misturou indie rock, MPB, guitarras marcantes e forte identidade regional, mesmo sendo de uma capital mais conhecida pelo sertanejo, mostrando que daqui podia surgir um trabalho autoral forte, crítico e com identidade própria.














