Calvície feminina cresce e impulsiona novos avanços nos tratamentos capilares

Estresse, genética e variações hormonais explicam o aumento da alopecia em mulheres, que recorrem cada vez mais a tratamentos clínicos e cirúrgicos
Calvície feminina tratamentos capilares
(Foto: Divulgação)
Calvície feminina tratamentos capilares
(Foto: Divulgação)

Antes associada predominantemente ao público masculino, a queda de cabelo tem se tornado cada vez mais comum entre as mulheres. Embora em proporções menores, elas também sofrem com diferentes tipos de alopecia. Alterações hormonais, estresse, uso de medicamentos e doenças autoimunes estão entre as principais causas do problema, que provoca afinamento e enfraquecimento dos fios, podendo evoluir para atrofia e perda definitiva do cabelo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 5% das mulheres adultas apresentam calvície, o que equivale a 2,1 milhões de brasileiras dentro de um universo de 42 milhões de pessoas com a doença. As principais soluções envolvem tratamentos clínicos e, em casos mais avançados, transplante capilar.

“As mulheres respondem muito bem, até melhor que os homens, aos tratamentos usuais, que incluem medicações, tônicos, mesoterapia e laser”, explica Domingos Coelho, médico especializado em transplante capilar, membro da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC) e fundador da Clínica Capilife, com unidades em Anápolis e Goiânia.

De acordo com o especialista, em muitos casos, o acompanhamento clínico aliado ao uso contínuo de medicamentos é suficiente para controlar a queda e estimular o crescimento de novos fios. “Sempre que uma paciente chega com queixa de afinamento, iniciamos o tratamento clínico. Quando não há resposta satisfatória, avaliamos a indicação do transplante. Se mesmo após o tratamento houver falhas visíveis e rarefação capilar, partimos para o procedimento cirúrgico”, acrescenta.

Uma das pacientes da Capilife é a cantora Maiara, da dupla com Maraísa, diagnosticada com alopecia androgenética, condição que afeta principalmente o topo da cabeça, provocando afinamento e rarefação dos fios. “No caso dela, o tratamento é contínuo, com uso de medicações, exames de acompanhamento e mesoterapia, que consiste na injeção de substâncias diretamente no couro cabeludo”, explica Jeferson Freitas, médico e sócio-fundador da clínica.

Nos transplantes femininos, a técnica mais adotada é a Follicular Unit Extraction – Direct Hair Implantation (FUE-DHI), ou Extração de Unidade Folicular com Implantação Direta. Considerada uma das mais avançadas, utiliza a ferramenta implanter pen, que permite ao cirurgião extrair os folículos da nuca e das laterais da cabeça e implantá-los simultaneamente na área desejada, garantindo maior precisão na densidade, direção e angulação dos fios.

O pós-operatório é semelhante ao dos homens e exige repouso de sete a dez dias, com cuidados redobrados nos três primeiros. Nesse período, recomenda-se manter a cabeça elevada e evitar esforços físicos que possam causar sangramento. Nos primeiros 30 dias, deve-se evitar exposição solar, água do mar, piscina e calor excessivo. As atividades físicas podem ser retomadas cerca de um mês após o procedimento.

O retorno à rotina social tende a ser mais rápido entre as mulheres, já que os cabelos longos ajudam a disfarçar a área doadora, raspada para a retirada dos folículos.

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