Artistas de Brasília e Goiás são destaque no acervo de arte da Casa Bontempo, em São Paulo

Túlio Pinto e Manuela Costa Silva traduzem a força criativa do Centro-Oeste em esculturas que unem aço, vidro, madeira e ouro

Localizada na Avenida Rebouças, em uma das áreas mais pulsantes da capital paulista, a Casa Bontempo foi inaugurada em março deste ano e já se consolidou como um espaço inovador de experiências nas áreas da arte, moda, design e gastronomia. Com projeto arquitetônico do escritório FGMF, o espaço criado para ser mais do que um showroom da marca brasileira de móveis planejados de alto padrão que lhe dá nome – um ambiente expressão e trocas criativas – recebeu, nos três primeiros meses de funcionamento, mais de 3 mil visitantes vindos de cinco países e representantes de 22 Estados brasileiros.

Fotos: Divulgação

Parte desse sucesso se deve à criação de um acervo de obras de arte permanente, que celebra a brasilidade e a diversidade criativa das cinco regiões do país. Entre os destaques da seleção feita pela curadora e pesquisadora de artes visuais Ana Carolina Ralston estão dois artistas contemporâneos do Centro-Oeste, Manuela Costa Silva (GO, 1993) e Túlio Pinto (DF, 1974), representando a força da arte da região.

Com sua escultura “Cabocla” (2024), criada a partir de elementos como madeira de Ipê Roxo, metal e folhas de ouro, a goiana traz para a Casa a reflexão sobre as relações entre o onírico e o arquetípico, o inconsciente e a consciência, natureza e sobrenatural, sagrado e profano. Nesse projeto, Manuela propõe um espelhamento entre matéria e símbolo, transformando narrativas intangíveis em corporeidade poética.

Casa BontempoJá o brasiliense Túlio apresenta a escultura “Cumplicidade #46” (2022/2023), que reúne aço e vidro em uma reflexão sobre espacialidade e arquitetura. O artista iniciou sua trajetória pela pintura em Porto Alegre e Rio de Janeiro, mas foi na escultura que consolidou sua poética, explorando equilíbrio, peso e tensão entre materiais. Pinto já participou de exposições no Brasil e no exterior e realizou residências artísticas em países como Ucrânia, Portugal, Canadá e Estados Unidos.

Com a presença de ambos no acervo, a Casa Bontempo reafirma sua vocação como espaço de diálogo e convergência cultural, promovendo a integração entre diferentes vozes e territórios do Brasil. Além deles, o espaço reúne nomes como a nipo-brasileira Tomie Ohtake (1913–2015), as cariocas Esther Bonder (1963) e Frida Baranek (1961), os paulistas Taygoara Schiavinoto (1985), Leandro Lima (1976), Fraus (1995) e Vik Muniz (1961), o sergipano Véio (1947) e o amazonense Bu’u Kennedy (1978). O público pode conferir as obras gratuitamente, mediante agendamento prévio de uma visita pelo site, de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h.

Serviço: Casa Bontempo

Endereço: Avenida Rebouças, 1669 – São Paulo, SP
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h.
Mais informações: www.casabontempo.com.br

 

 

 

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