Por Marcelo Palma
Dois mil e vinte ainda não acabou, mas sem dúvidas, é o ano de maior transformação da humanidade nos últimos 50 anos. A mudança nos hábitos alimentares e a conscientização sobre importância dos cuidados com a saúde e com o meio ambiente vieram para ficar. Mas o que se passa na cabeça dos consumidores?
Dia a dia vivenciamos o mundo passando por mudanças enormes em termos de alimentação, registrando um aumento no consumo de produtos à base de plantas, e um incremento visível nas opções consideradas mais saudáveis e sustentáveis. Estes fatos são comprovados por um estudo recente da Ingredion e da Opinaia, no qual mostra que esses são os temas de maior interesse na América do Sul (42%) e que quando se trata de alimentação, 72% dos entrevistados estão “muito interessados”.
O que até recentemente era considerado uma tendência, novidade, ou uma previsão de médio prazo, agora é uma realidade: mais de um terço dos sul-americanos se identificam com alguma alternativa de alimentação, como o flexitarismo. Os motivos? 80% os consideram mais saudáveis, enquanto 44% os escolhem para prevenir doenças e 39% por ter opções mais variadas.
A mudança climática também tem um papel importante para o olhar crítico referente a este tema. É que, de acordo com um relatório recente das Nações Unidas1, cerca de 24 bilhões de toneladas de solo fértil são degradados a cada ano devido à desertificação. Da mesma forma, de acordo com esta organização, em 2025 dois terços da população mundial viverão em condições de estresse hídrico, afetando 1,8 bilhão de pessoas que sofrerão uma escassez absoluta de água.
Nesse contexto, cerca de dois terços da região já consumiu alimentos de origem vegetal e 89% têm interesse em fazê-lo. A tecnologia tem feito com que esse tipo de alimento mantenha atributos muito semelhantes aos de origem animal, e possibilita o aumento da oferta destes produtos dia a dia. Agora, mesmo as grandes redes têm esse opções Plant-Based em seus portfólios. Para isso, a indústria teve que se renovar, encontrando soluções que forneçam os atributos mais apreciados pelo consumidor, como textura, consistência, sabor e aroma. Assim, no nosso caso, criamos uma plataforma específica para poder responder com a inovação e a qualidade que são exigidas em um mercado em rápida evolução.
Com o consumidor cada vez mais responsável e consciente, suas demandas também ficam mais exigentes. Agora, além do preço, eles avaliam a procedência dos ingredientes e 67% consideram a sustentabilidade das marcas muito importante. Os três atributos mais valorizados? Qualidade (textura / sabor), saúde (nutrição) e sustentabilidade.