Muitos consideram o próprio perfume uma marca registrada e realmente existem pessoas que são reconhecidas pelo cheiro. A escolha de uma fragrância é um ritual que proporciona descobertas no universo olfativo, como as diferentes notas que combinam com cada momento.
O Brasil é hoje o maior mercado de consumo de perfumaria no mundo. No país, a preferência das mulheres é pelos perfumes frutados e adocicados, os homens optam por fragrâncias com notas de ervas e madeiras. Entre os perfumes mais vendidos no Brasil, a Natura ocupa as quatro primeiras posições na lista masculina. Só em 2011, foram lançados mais de mil perfumes no mundo.
Para se criar uma nova fragrância leva-se, em média, três anos. Essas novidades são o resultado do trabalho de perfumistas e avaliadoras olfativas, duas profissões raras no mercado: temos cerca de 250 perfumistas no mundo. A Natura é a única companhia da América Latina que tem uma perfumista in house, Verônica Kato, que está na empresa há mais de 15 anos. Para se formar perfumista foram necessários dez anos de estudo.
Para desenvolver um novo perfume, Verônica tem à sua disposição aproximadamente 2,5 mil ingredientes. Além destes, existem ainda 13 óleos essenciais que são exclusivos da Natura. Cada nova fragrância tem de 70 a 300 componentes na fórmula, um verdadeiro trabalho artístico.
Verônica é formada pela Escola de Perfumaria de Dragoco, na Alemanha. É através dela que a Natura resgata a arte de criar perfumes, que reúne conhecimento técnico específico, sensibilidade e inspiração, construindo uma assinatura olfativa única para seus perfumes.
Segundo Verônica os melhores lugares para se passar perfume são onde a circulação sanguínea é maior; na nuca, atrás da orelha, pulsos, pescoço e dobra do braço. Os perfumes não possuem fixadores, o que acontece, explica Verônica, “é que os produtos que apresentam melhor performance são aqueles que têm um equilíbrio de notas de saída, corpo e fundo e baixa volatilidade, ficando, portanto, em maior contato com a pele, dando a percepção de estar mais presente”. Sendo assim, quando mais concentrada for a fragrância, maior a durabilidade.
Verônica Kato conta que quando usamos um produto por muito tempo é comum nos acostumarmos com o cheiro dele, deixando de senti-lo. Isso se chama “saturação olfativa”. Explica, ainda que o tipo de pele influência no tempo de duração do perfume, “cada indivíduo possui seu próprio cheiro que vem tanto do tipo de pele, oleosa, seca ou normal quanto do tipo de alimentação”.