Por Erika Palomino
Vem simplificado e descomplicado o desfile de Reinaldo Lourenço no São Paulo Fashion Week. A referência é automobilismo, com a pegada anos 1960 da hora, sob a leitura bem clara do estilista. Em termos de inovações, não muito. Mas para as fiéis consumidoras da marca, está tudo certo.
Muitos vestidos, em que geometrias e misturas de materiais desenham as formas, essencialmente retas de tubinhos, arrematadas por sandálias tipo gladiadoras com sensuais fitas de seda. Babados e barrados finalizam as saias, nesta temporada que confirma a cor como alma _rosas acesos, beges nudes (que o estilista adora), preto (naturalmente) coral e tomate.
Tudo lindo. As formas são longe do corpo, levemente arredondadas, com ênfase nos ombros e mangas, seguindo o fluxo da moda. Em seu momento pimp my ride, Reinaldo se vale de grafismos habilmente costurados à moda do activewear, em versão prêt-à-porter deluxe.
A essência romântica de Reinaldo Lourenço se evidencia nas delicadas transparências e nas flores em organza bordada. Beleza limpa, trilha envolvente, uma coleção correta que certamente será bem desdobrada comercialmente. Sem revoluções, mas um bom verão.
Styling: Mônica Florêncio Fernandes e Ciro Midena
Maquiagem: Nadine Luke e Fabiana Gomes para M.A.C
Cabelo: Ricardo Rodrigues para Studio W
Trilha sonora: Giancarlo Lorenci