O chapéu surgiu para a proteção da cabeça, ainda nos povos primitivos da pré-história, das intempéries climáticas (sol escaldante, frio, chuva), como prerrogativa masculina – sendo o homem o responsável pela defesa da tribo ou do clã, sendo depois estendido para a caracterização dos níveis sociais: os reis usavam coroas, os sacerdotes a mitra e os guerreiros o elmo.
Atualmente o que vemos nas passarelas é o chapéu como um dos acessórios fashion que mais tem feito a cabeça dos antenados em moda. A versatilidade da peça, dependendo da maneira como é utilizada, pode trazer tanto um ar despojado como, também, pode envolver que o usa em uma áurea de elegância e sofisticação.
Nas ultimas temporadas de moda, alguns modelos de chapéus têm virado hit das passarelas e já não saem mais da cabeça das celebridades, como chapéu do panamá, por exemplo. A peça é aquele modelo leve, que em geral sempre aparecem com fitinha preta, que cobre cabeças de famosos como Brad Pitt, Madonna, depois de ter sido um favorito de Napoleão, durante o exílio, Churchill, Santos Dumont.
Quem sabe tudo sobre o chapéu elegante é Marcelo Sarkis, dono da Aba, que se apaixonou pelos modelos produzidos no Equador, abriu representação e começou a pesquisar quando ainda era representante comercial de chapéus em geral. “Um dia, um comprador me perguntou se eu tinha 'aquele molinho'. Eu nem sabia o que era, mas pesquisei e tentei comprar durante mais de dois anos. Até que fui ao Equador, comecei a descobrir os poucos habitantes daquelas duas cidades que faziam os chapéus 'molinhos'.
Atualmente, muitos dos artesões que Sarkis conheceu, são seus amigos, e atendem a encomendas feitas por ele. Marcelo explica, também, sobre as diferenças de preços: “Não é pelo tamanho da aba nem a cor: é a qualidade, a espessura e a uniformidade da trama. O modelo conhecido como superfino parece feito de tecido, de tão delicado”.
De onde mesmo?
E por que o chapéu feito no Equador se chama panamá? “Porque os engenheiros franceses que vieram construir o Canal do Panamá imitaram os operários nativos, que protegiam as cabeças do calor com os chapéus. Quando voltaram para a França, respondiam, a quem perguntava sobre os chapéus, que eram do Panamá. E o nome ficou”, explica Marcelo, que vende online vários modelos clássicos e outros exclusivos, como os de aba larga e os azuis-Bic. Os preços variam de R$ 194 até R$ 1.100, e podem ser feitas encomendas dos superfinos, mais procurados pelos homens. “Eles nem se importam com o preço: querem a melhor qualidade”, completa Marcelo Sarkis.
Fonte: Iesa Rodrigues/Jornal do Brasil