Vila Cultural Cora Coralina abriga exposição inédita do Núcleo Coletivo 22

A mostra "Caboclada" reúne fotografia, performance e instalação em uma experiência multissensorial em Goiânia
Caboclada núcleo coletivo 22
Obra "Reza em duas vozes", da artista Flávia Honorato.
Caboclada núcleo coletivo 22
Obra "Reza em duas vozes", da artista Flávia Honorato.

A ancestralidade afroameríndia ocupa a Vila Cultural Cora Coralina a partir desta quinta-feira (18), às 19h, com a abertura da exposição Caboclada: Encruzilhada Afroameríndia, primeira mostra do Núcleo Coletivo 22. Em cartaz na sala Antônio Poteiro, no centro de Goiânia, a exposição articula fotografia, performance, som e instalações para investigar as poéticas caboclas a partir das relações entre corpo, imagem, território e memória.

Na noite de abertura, o público acompanha uma performance ao vivo do Núcleo Coletivo 22, que dialoga com o espaço expositivo e com as obras apresentadas. A ação amplia o caráter sensorial da proposta e convida os visitantes a partilhar uma experiência artística que se constrói no encontro entre presença, escuta e ancestralidade.

A mostra segue em cartaz até 30 de janeiro de 2026 e encerra o projeto Casa de Taipa: Morada de Dança e Poética Afroameríndia, contemplado pelo Edital de Fomento à Manutenção Continuada de Grupos e Companhias Artísticas nº 16/2024, da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), operacionalizada pela Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Secult Goiás). O projeto é resultado de pesquisas desenvolvidas pelo coletivo ao longo de pelo menos oito anos.

Com ambientação sonora criada pela própria companhia, a exposição reúne instalações interativas, táteis e têxteis que abordam a figura do caboclo como eixo conceitual. A expografia é assinada pela artista visual e professora Cássia Oliveira (Jurupiá), que propõe um percurso em que elementos materiais e forças simbólicas dialogam de forma contínua.

Acessibilidade

As imagens são da fotógrafa e artista Flávia Honorato, integrante do Núcleo Coletivo 22, que conduz o público por meio da fotoperformance a um campo de presença no qual corpo, som e memória se entrelaçam. A curadoria é compartilhada pelo coletivo em diálogo com pesquisadores, pessoas encantadas e colaboradores que integram a trajetória do grupo.

A exposição também se destaca pelo compromisso com a acessibilidade. A proposta incorpora Libras na comunicação e na divulgação, audiodescrição de todas as obras acessível por QR Codes, texto de apresentação em Braille e a presença de artistas-monitores em datas específicas para atendimento de pessoas com necessidades específicas.

Com uma abordagem multissensorial, Caboclada: Encruzilhada Afroameríndia inclui aromas, sons e obras táteis que funcionam como guias poéticos, ampliando a experiência para todos os públicos. A palavra “caboclo”, historicamente atravessada por sentidos ambíguos e marcas coloniais, aparece como fio condutor para refletir sobre fricções, negociações e recriações entre cosmopercepções africanas e indígenas.

Serviço – Exposição Caboclada: Encruzilhada Afroameríndia

Abertura: quinta-feira (18), às 19h, com performance do Núcleo Coletivo 22
Local: Sala Antônio Poteiro – Vila Cultural Cora Coralina
Endereço: Centro, Goiânia (GO)
Período: até 30 de janeiro de 2026
Entrada: gratuita

Leia também:

ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Fique por dentro das atualizações do Portal Zelo!
Inscreva-se em nossa newsletter e receba reportagens e outros conteúdos imperdíveis semanalmente diretamente no seu e-mail.

Gostaria de receber notificações da Zelo?

Este site utiliza cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.