Pernas à mostra, saúde plena

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Câimbras, cansaço, sensação de peso, fadiga, inchaço ao final do dia são algumas das queixas de quem tem varizes (Foto: Reprodução)</li>
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Usar um vestido, um short, ir à praia ou ao clube. Expor as pernas pode ser comum às mulheres que vivem em um país solar como o Brasil. Porém, para algumas, isso é um problema quando vasos e veias se destacam ao longo dos membros inferiores. São as varizes. Trata-se de veias dilatadas e que não causam apenas desconforto com a aparência, elas surgem acompanhadas de incômodo e dor.</div>
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O médico cirurgião especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular Carlos Eduardo Amorelli explica que as varizes aparecem quando as veias normais começam a não funcionar como deveriam. Elas são providas de válvulas que ajudam a retornar todo o sangue que foi para as várias partes do corpo. “Quando as válvulas param de funcionar, as veias dilatam e o sangue não consegue fazer esse retorno devidamente. Com o passar do tempo, ele fica represado dentro dessas veias e isso faz com que gerem os sintomas”, explica.</div>
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As principais queixas de quem tem varizes são dores, câimbras, cansaço, sensação de peso, fadiga, inchaço ao final do dia, presença de veias azuladas e muito visíveis abaixo da pele, coceiras e agrupamento de finos vasos avermelhados.</div>
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A hereditariedade é o fator que mais contribui para o aparecimento de varizes. Ou seja: se pais ou avós tiveram, há grandes chances de os descendentes desenvolverem a doença. Outras situações que também colaboram são o uso de anticoncepcionais, reposição hormonal na menopausa e a gravidez.</div>
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Existem alguns mitos que envolvem o surgimento de varizes. Entre eles, o de fazer atividade física pulando, a depilação com cera e o uso de calça jeans. “Isso é lenda popular. Mas trabalhar muitas horas em pé ou sentada faz mal, pois é preciso mexer os membros inferiores para fazer o sangue circular”, diz o médico.</div>
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As veias dilatadas nas pernas não são exclusividade das mulheres. Segundo Carlos Eduardo Amorelli, a proporção de homens que sofrem com varizes é menor que a de pacientes do sexo feminino, porém costumam ter varizes mais graves. “Eles não percebem tanto porque não têm a mesma preocupação estética das mulheres e também porque os pelos das pernas muitas vezes não deixam as veias à mostra e sempre associam os sintomas a outras causas”, afirma. A maioria dos pacientes trabalha muitas horas em pé e/ou em profissões braçais, com história familiar importante.</div>
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Para iniciar o tratamento, é necessária uma avaliação do paciente de maneira individual e por um médico especialista em cirurgia vascular. As formas mais comuns de se tratar as varizes são por meio de uma cirurgia convencional, da cirurgia a laser e da escleroterapia, mais conhecida como aplicação, ou de uma combinação entre os métodos citados.</div>
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<strong>Laser como aliado</strong></div>
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O tratamento com laser não é tão recente – existe há cerca de uma década, explica o médico Carlos Eduardo Amorelli, que realiza cirurgia dessa forma há seis anos. Durante esse tempo, o aparelho utilizado evoluiu bastante, sendo possível hoje controlar melhor a temperatura em cada local onde o pulso do laser é dado. “Dessa forma, diminuiu-se muito as complicações pós-cirúrgicas, como queimaduras na pele e lesões nervosas, propiciando excelentes resultados funcionais e estéticos”, avalia.</div>
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No caso do laser, uma fibra ótica é introduzida nas varizes por meio de um pequeno furo – sem necessidade de dar ponto – e elas são cauterizadas. Ao final, a veia destruída se assemelha a um cordão fibroso que depois é absorvido completamente pelo organismo.</div>
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Entre as vantagens do laser está a ausência de cortes e, com isso, uma recuperação mais rápida – cerca de um a dois dias para o retorno às atividades cotidianas. Além disso, no caso de uma cirurgia envolvendo a safena, usando o laser não é preciso removê-la (ela é destruída no local).</div>
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Com a evolução da técnica, o laser se tornou também mais acessível financeiramente. Porém, Amorelli explica que não são todos os pacientes que podem operar com o laser e que, dependendo da dilatação da veia, a cirurgia convencional ainda é a técnica mais eficaz.</div>
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<strong>Tratamento sem cirurgia</strong></div>
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A escleroterapia – conhecida como aplicação – é uma possibilidade de tratamento em que o médico faz a aplicação de medicamentos nas varizes por meio de pequenas agulhas, com diferentes tipos de remédios – glicose hipertônica, polidocanol (espuminha). Isso causa a obstrução do fluxo de sangue no local e destruição da parede da veia, fazendo com que ela desapareça.</div>
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Apesar de parecer um procedimento simples, o cirurgião vascular alerta para o fato de que essa aplicação precisa ser feita por um médico habilitado. Segundo Amorelli, muitos pacientes o procuram, após terem realizado a aplicação com profissionais que não são médicos, para reparar danos causados. “Eles chegam à clínica com sequelas que vão desde manchas na pele até tromboses venosas. Um alerta às mulheres é que não é um procedimento como fazer a unha ou fazer um reparo no cabelo. Faça com uma pessoa gabaritada. Investigue se ela tem registro no conselho de classe e se tem as especializações necessárias”, diz.</div>
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A prevenção às varizes ainda é o melhor tratamento. A principal forma de fazê-la é praticando atividade aeróbica, estimulando a circulação. Pedalar, correr, caminhar, musculação leve e exercícios aquáticos são as atividades mais indicadas.</div>
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<img alt="" src="https://revistazelo.com.br/public/20150706_050450_dsc-1300.JPG" style="width: 600px; height: 399px;" /></li>
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Dr. Carlos Eduardo Amorelli, Dr. Fábio Cypreste, Drª Lara Roriz Pina e Dr. Fábio Campedelli (Foto: Angela Motta)</li>
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Matéria publicada na 31ª edição da Revista Zelo</div>

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