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Sabe aqueles inúmeros lotes ocupados por estacionamentos privados no Centro de Goiânia? Muita história já desapareceu nos poucos 81 anos de existência da Capital, pois imóveis que remontavam à construção da cidade foram derrubados para dar lugar aos carros. Antes que mais casas ou prediozinhos sumam do mapa, que tal um passeio pela cidade? Quem sabe, assim, os imóveis passem a ser mais bem cuidados e valorizados, e até resistam em prol de nossa memória? </div>
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Todo mundo já sabe que Goiânia tem um patrimônio art déco interessante, e parte dele é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan) desde 2003. Sabe-se também que nossas edificações não têm a monumentalidade dos exemplares paulistas ou cariocas, nem muito menos parisienses. “Não se trata aqui do art déco maior ou mais bonitoâ€, afirma Salma Saddi, superintendente do Iphan Goiás. “Mas foi o traço escolhido para a implantação de Goiânia.†Eis seu diferencial. “E, por isso, somos os únicos com um conjunto tombado em nÃvel federal.â€Â </div>
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Vale observar que a arquitetura em Goiânia não tinha relação com os casarões antigos da cidade de Goiás ou Pirenópolis – “os berços da cultura e da sociedade em Goiásâ€, como observa Wolney Unes no livro Goiânia art déco: acervo arquitetônico e urbanÃstico – dossiê de tombamento, que identificou 147 edifÃcios art déco na cidade no ano 2000. O próprio AttÃlio Corrêa Lima, arquiteto que desenvolveu o projeto inicial da nova Capital, desenhou edifÃcios como o Grande Hotel, na Avenida Goiás, e o Palácio das Esmeraldas, na Praça CÃvica. Ali, além dos prédios públicos, destacam-se as luminárias e os espelhos d’água. </div>
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Para além dos prédios institucionais, são diversas as construções de porte pequeno e desenho singelo, agrupadas em pontos distintos da região central da cidade. Um zigurate aqui, uma letra caracterÃstica ali, linhas retas e simétricas para todo lado, traços geométricos aqui e acolá sinalizam a presença do art déco na Capital. “Você só se sente parte de uma história se você vivenciá-laâ€, afirma Salma Saddi. Assim, que tal um passeio pelo Centro?</div>
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TRAMPOLIM</div>
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Começamos pelo trampolim do Lago das Rosas, situado na Avenida Anhanguera e inaugurado em 1941. No local podemos observar também a mureta que se estende ao longo da calçada. </div>
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<img alt="" src="https://revistazelo.com.br/public/20150429_054121_trampolim.jpg" style="width: 600px; height: 399px;" /></li>
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Trampolim no Zoológico de Goiânia (Foto: Kell Motta)</li>
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CASA De PEDRO LUDOVICO</div>
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Não muito longe dali, está a residência do antigo governador Pedro Ludovico Teixeira. Nela, o déco está representado por elementos como o terraço em curva, com formas alusivas a escotilhas de navio. No detalhe da porta, vemos o zigurate, desenho geométrico também muito presente no estilo. </div>
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Porta da casa de Pedro Ludovico (Foto: Kell Motta)</li>
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PALÃCIO DAS ESMERALDAS</div>
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Chegando à Praça CÃvica, vemos um conjunto de prédios institucionais no art déco. Mas atentando-nos apenas ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, percebemos caracterÃsticas comuns a vários deles. Por exemplo, os vidros jateados nas portas, que contam a história local, e as esquadrias marteladas, com puxadores cromados.</div>
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CORETOÂ </div>
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“Pela riqueza de detalhes e cuidado no acabamento, é um dos exemplares mais elaborados do art déco goianienseâ€, diz o dossiê de tombamento do acervo da cidade a respeito do coreto. Os traços do estilo podem ser vistos na platibanda com elementos geométricos e no rendilhado do muro externo, além dos traços retos e circulares percebidos nas escadas e nos bancos. </div>
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O Coreto é um dos exemplares mais ricos no estilo (Foto: Kell Motta)</li>
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TORRE DO RELÓGIO</div>
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E logo ali, no começo da Avenida Goiás, nos deparamos com a Torre do Relógio, cujas caracterÃsticas em déco estão no rigor geométrico e nas linhas verticais. Estas tinham o objetivo de fazer as construções parecerem mais altas.</div>
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TEATRO GOIÂNIA</div>
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Saindo da Goiás e chegando à Tocantins, esquina com a Anhanguera, surge o Teatro Goiânia, prédio simbólico da construção da nova Capital. Inaugurado em 5 de julho de 1942, data do Batismo Cultural do municÃpio, tem design de transatlântico.</div>
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<img alt="" src="https://revistazelo.com.br/public/20150429_060559_teatro.jpg" style="width: 600px; height: 835px;" /></li>
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O Teatro Goiânia marcou o batismo cultural da cidade (Foto: Kell Motta)</li>
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GOIÂNIA PALACE</div>
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Virando à direita na Anhanguera, logo se alcança o Goiânia Palace, “o hotel art déco de Goiâniaâ€, como os proprietários anunciam. Um de seus pontos altos é o próprio nome do edifÃcio, que no déco goiano remetia à s famÃlias proprietárias ou ao dono do imóvel – nesse caso, Calil Neme. Além disso, a denominação aparece em relevo e ocupa a fachada com destaque. </div>
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HOTEL DOM BOSCO</div>
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Descendo o Centro até a primeira quadra da Rua 4, encontramos um singelo, porém belo conjunto de prediozinhos em art déco, com suas linhas retas e platibandas escondendo o telhado. A policromia que realça o alto-relevo também é qualidade do estilo. No Hotel Dom Bosco, situado na 4 com a Avenida Araguaia, o coroamento bastante caracterÃstico vem acompanhado do nome do prédio em alto-relevo. </div>
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<img alt="" src="https://revistazelo.com.br/public/20150429_061253_dsc-0569.jpg" style="width: 600px; height: 399px;" /></li>
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Conjunto na rua 4 tem policromia e coroamento próprios do estilo (Foto: Kell Motta)</li>
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E todos esses são apenas alguns exemplos do que nossa vista pode encontrar durante uma caminhada por essa parte significativa da nossa história e identidade. Afinal, nada melhor do que uma visita a nossa própria cidade.</div>
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