O Louvre, maior museu de arte do mundo e monumento histórico em Paris, está localizado onde anteriormente era uma fortaleza construída pelo rei Filipe Augusto, para defender a cidade contra invasões.
O Museu do Louvre possui uma vasta coleção de arte e antiguidades, têm muito mais curiosidades, além da obra de Leonardo da Vinci. Pensando nisso, a historiadora, e guia credenciada pelo Ministério da Cultura da França, Helena Ribeiro, que mora em Paris desde 2011, conta algumas curiosidades do Museu para quem tem o Louvre no roteiro de passeios em Paris.
Segundo a especialista, o Museu tem um acervo histórico que boa parte das pessoas desconhece. “É comum que a Mona Lisa seja uma das obras mais conhecidas, mas o Louvre guarda verdadeiras jóias históricas. Para quem tem o Museu no roteiro de passeio ou viagem, com certeza deve vir com um olhar apurado para não perder obras incríveis e importantes na história da humanidade”, explica.
Do Renascimento à Revolução Francesa
No século XVI, durante o Renascimento, o rei Francisco I fez grandes transformações para que o Louvre se tornasse ainda mais a residência real, adicionando elementos renascentistas ao castelo. Seguindo a linha do tempo, no século XVII, sob o reinado de Luís XIV, o Palácio do Louvre chegou a ser utilizado com menos frequência como residência real, à medida que o Palácio de Versalhes se tornava o centro do poder real.
Foi somente durante o Iluminismo, no século XVIII, que Louvre começou a assumir um papel mais público e educacional. Em 1793, durante a Revolução Francesa, ele foi oficialmente transformado em um museu aberto ao público e renomeado como “Museu Central das Artes”.
Chegada de grandes Obras
No século XIX, o museu continuou a crescer sob comando de Napoleão Bonaparte, que trouxe muitas obras de arte para o Louvre após suas conquistas na Europa. A Mona Lisa foi uma das obras famosas adicionadas à coleção durante essa época. O museu passou por extensas reformas e expansões ao longo do século XX, incluindo a construção da famosa pirâmide de vidro na entrada, concluída em 1989. A guia, Helena compartilha algumas outras obras famosas e áreas interessantes dentro do Museu para explorar, como:
A Vênus de Milo:
Uma estátua de mármore que representa a deusa grega Afrodite, deusa do amor e da beleza, também conhecida como Vênus de Milo. É uma das esculturas mais famosas do museu. A escultura possui um pouco mais de 2 metros de altura, provavelmente foi criada no século 2 A.C. e encontrada na ilha de Milo, na Grécia.
A Coroação de Napoleão:
Esta pintura gigantesca de Jacques-Louis David retrata a coroação de Napoleão Bonaparte como imperador da França em 1804. A obra também conhecida como “A Coroação de Napoleão e Josefina”, foi encomendada por Napoleão Bonaparte como uma forma de comemorar e perpetuar esse evento importante em sua ascensão ao poder supremo na França.
A Esfinge de Tânis:
É uma antiga escultura egípcia que representa uma esfinge, uma criatura mítica com corpo de leão e cabeça humana. Ela é uma das muitas esfinges egípcias que existem, mas é notável por sua importância histórica e arqueológica. A Esfinge de Tânis foi descoberta em 1825 na cidade de Tânis, no Delta do Nilo, no Egito. Ela remonta à época do faraó Amésis, que governou o Egito durante a XXII dinastia (por volta de 945 a.C. a 715 a.C.). O nome original da esfinge era provavelmente “Horemakhet,” que significa “Hórus no horizonte,” em referência ao deus Hórus, uma das principais divindades da mitologia egípcia.
A Ala Denon:
É uma das alas mais importantes do Louvre e abriga uma impressionante variedade de obras de arte e artefatos históricos. Ela é nomeada em homenagem a Dominique-Vivant Denon, um artista e arqueólogo que desempenhou um papel fundamental na expansão do museu durante o reinado de Napoleão Bonaparte. A Ala Denon é conhecida por suas coleções notáveis, incluindo A Mona Lisa (La Gioconda) e A Vitória de Samotrácia.
As antiguidades orientais:
As antiguidades orientais do Louvre constituem uma parte significativa da coleção do Museu, elas fornecem uma visão rica e diversificada da história, cultura e arte dessas regiões ao longo dos séculos. Nessa seção existem artefatos do Antigo Egito, Mesopotâmia, Arte Persa, Arte Asiática, Arte Islâmica e O Código de Hamurabi.
O Museu do Louvre é um dos museus mais visitados do mundo, porém em junho de 2022 o museu decidiu discretamente limitar o número de pessoas que poderiam visitá-lo todos os dias, houve uma limitação de até 30 mil visitantes por dia, antes da pandemia havia uma média de 45 mil pessoas por dia. O museu abriga uma das coleções mais impressionantes de arte e antiguidades, que abrangem desde a antiguidade até 1848. Helena Ribeiro destaca que a arquitetura histórica e obras-primas famosas o tornam um ícone cultural e um destino imperdível para os amantes da arte e da história que visitam Paris.