Por Robson Nogueira
O cantor e compositor Erasmo Carlos, um dos pioneiros do rock nacional nos anos 1960 e que dá voz a clássica canção “Aquarela do Brasil”, morreu, aos 81 anos, nesta terça-feira (22). O “Tremendão”, como era conhecido, foi internado na manhã desta segunda, no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, e chegou a ser entubado, mas não resistiu.
No último dia 2, o artista recebeu alta após duas semanas internado para tratar uma síndrome edemigênica, no entanto voltou a ser hospitalizado. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada.
Nascido no dia 5 de junho de 1941, na Tijuca, Erasmo Esteves – nome real do artista – tornou-se um ícone da Jovem Guarda e da MPB. Canções como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu”, “É proibido fumar” e mais de 600 músicas autorais consolidaram sua carreira.
A trajetória de Erasmo nunca foi uma caminhada solitária. Antes mesmo de construir um legado na carreira solo, o cantor e compositor participou de diversos grupos, como Snakes, ao lado de outros tijucanos; se tornou vocalista do grupo Renato e Seus Blue Caps, que fez sucesso com a canção “Papo de Esquina” ao lado do rei Roberto Carlos. Também foi assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial. Foi aí que surgiu o nome artístico “Erasmo Carlos”, devido ao seus parceiros “Carlos” de longa data. Além desses, já trabalhou com Chico Buarque, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Skank, Los Hermanos, Djavan, Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Frejat, Marisa, Milton Nascimento, dentre tantos outros artistas.
Seu último álbum lançado se chama “O Futuro Pertence À…jovem Guarda”, que faz referência aos grandes artistas brasileiros, venceu o Grammy Latino 2022 na categoria “Álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa”.