Quem será o próximo primeiro-ministro? Essa é a pergunta que tem repercutido na internet após a renúncia de Boris Johnson. O ex-lider do Partido Conservador britânico anunciou, nesta quinta-feira (7), que deixará cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, em Downing Street, Londres.
De acordo com Johnson, o calendário para as eleições será estabelecido na próxima semana. E somente em outubro, será anunciado a definição de um novo líder.
O processo para eleição do primeiro-ministro está marcada por traições, drama e surpresas que dão uma reviravolta na situação. Primeiramente os candidatos devem ser parlamentares conservadores e contar com o apoio de, pelo menos, dois associados.
Segundo pesquisa YouGov com membros do partido divulgada nesta quinta-feira (7), o ministro da Defesa, Ben Wallace, de 52 anos, venceria outros potenciais candidatos. Ele aparece seguido de Penny Mordaunt, de 49, ex-ministro da Defesa e atual secretário de Estado de Comércio Exterior. No entanto, nenhum deles se apresentou ainda.
A votação ocorre a partir de uma série de votos secretos pelos deputados até restarem somente dois candidatos. Dessa forma, os membros do próprio partido que decidem entre os finalistas, que, então, efetuam a campanha por várias semanas pelo Reino Unido.
É a Rainha Elizabeth II que oficializa o chefe do “Governo de sua Majestade”. Essa escolha se dá pela maior probabilidade de ganhar a confiança da Câmara dos Comuns, geralmente o líder do principal partido político. Nesse caso, são os conservadores que têm maioria absoluta na Câmara dos Comuns, liderada por Johnson.
Ser favorito não significa vencer nessa disputa. Reginald Maudling era considerado o favorito, mas Edward Heath venceu, em 1965. Heath convocou novas eleições em 1975 para estabelecer sua autoridade – para ela seria uma vitória fácil – no entanto, Margaret Thatcher surpreendentemente venceu, tornando-se a primeira mulher a liderar o Partido Conservador.
Em 1990, foi Thatcher quem teve de fazer as malas depois de ser ultrapassada por seu rival Michael Heseltine. Mas John Major entrou na corrida e venceu Heseltine. Já em 2005, David Davis foi apontado como vencedor, mas foi derrotado por David Cameron – um jovem não pertencente a um grupo determinado. E, na votação de 2016, que deu a vitória a May, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson era o favorito até que seu aliado Michael Gove o abandonasse, forçando-o a se retirar.