Achar um lugarzinho vazio e mágico em meio a um destino badalado é o sonho de muitos viajantes, e ganhou um valor ainda mais especial na atual crise sanitária. Se o turismo nos ensina algo, é que é possível encontrar beleza nos lugares mais inesperados – inclusive os mais decadentes. Descubra a seguir alguns dos refúgios mais secretos do turismo global nesta lista: tem até um destino brasileiro.
Farol Rubjerg Knude Fyr (Dinamarca)
Um dos lugares que não se pode deixar de conhecer ao visitar a Dinamarca é o farol Rubjerg Knude Fyr. Esta imponente construção quase enterrada na areia é um dos grandes atrativos da costa norte do país. Sua localização estratégica, à beira de um desfiladeiro, faz com que essa torre de 23 metros de altura tenha vistas simplesmente mágicas. A erosão característica da região, porém, ameaça derrubar o farol com o passar do tempo, o que torna a visita ainda mais urgente. Vale a pena!
Fordlândia (Aveiro, Brasil)
Fordlândia é uma vila abandonada, fundada pelo famoso empresário norte-americano Henry Ford em 1927 no meio da Amazônia, no estado do Pará. A cidade era, na verdade, um complexo industrial do ramo da borracha, composto por fábricas e pelas residências dos trabalhadores. O objetivo do empreendimento era fornecer matéria-prima para a fabricação de pneus, destinados aos carros produzidos pelo norte-americano. Quando Ford faleceu, em 1947, a indústria foi fechada. Mas ainda hoje é habitada por moradores locais, que convivem com as ruínas do sonho americano.
Elevador de Gordejuela (Tenerife, Espanha)
Um dos lugares mais bonitos (e desconhecidos) da ilha de Tenerife, nas Canárias, são as ruínas do elevador de águas de Gordejuela, em Los Realejos. Esse grande complexo construído no início do século XX tinha como principal objetivo bombear água para as plantações de banana na ilha. Atualmente, a construção resiste imponente diante das ondas do Atlântico, compondo um cartão-postal um tanto quanto decadente, que impressiona logo à primeira vista.
Castelo Bannerman (Nova York, EUA)
Em pleno rio Hudson, cercado por uma das principais metrópoles do mundo, fica um curioso pedaço de história e ostentação, longe das luzes cintilantes da Big Apple. Trata-se do Castelo de Bannerman, um luxuoso edifício em ruínas na ilha rochosa de Pollepel. Seu proprietário, o escocês Francis Bannerman, criou uma empresa de material militar no início do século XX e comprou esta ilha em Nova York para transformá-la em um depósito seguro para as armas e seu arsenal. Hoje, a ilha e o castelo abandonado oferecem uma beleza tão cativante quanto singular.
Castelo da Dona Chica (Braga, Portugal)
Um castelo português neorromântico que acabou envolvido num vórtice de burocracia é o quinto destino dessa lista. O Castelo da Dona Chica, batizado em homenagem à sua primeira proprietária, de origem brasileira, fica na cidade de Braga e começou a ser construído em 1915. Ao longo dos anos, teve diversos proprietários e inúmeras funções, mas acabou abandonado em meio a disputas legais, ficando em um estado avançado de degradação. Ainda assim, permanece digno de uma visita.
Granadilla (Cáceres, Espanha)
Resgatada do esquecimento pelo cineasta Pedro Almodóvar no filme “Ata-me”, a vila abandonada de Granadilla se tornou um dos destinos mais procurados da província de Cáceres, na região oeste da Espanha. Suas raízes muçulmanas lhe conferem uma paisagem única que, somada ao magnetismo de suas muralhas e seu imponente castelo, fazem de Granadilla um dos lugares abandonados mais bonitos do mundo.
Kolmannskop (Namíbia)
Como uma pintura de Salvador Dalí, o interior dos edifícios abandonados de Kolmannskop, na Namíbia, é uma mistura de elementos inimagináveis. A areia do deserto tomou as casas dessa antiga cidade colonial, que serviu de refúgio para os caçadores de diamantes há cerca de cem anos. Kolmannskop é um daqueles lugares que dificilmente serão esquecidos, tanto em função do cenário insólito quanto por sua singularidade.
Belchite (Zaragoza, Espanha)
Em 1937, as bombas da Guerra Civil Espanhola pararam o tempo para sempre em Belchite, cidade no norte do país. A pequena localidade na província de Zaragoza foi completamente destruída e se tornou um símbolo do horror da época. Vale a pena passear pelos edifícios, contemplar monumentos em ruínas e refletir sobre a crueldade da guerra.
Cemitério de trens do Salar de Uyuni (Bolívia)
O Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo, fica na Bolívia, país vizinho ao Brasil. E um dos seus atrativos mais inusitados é o famoso cemitério de trens. Trata-se de um amplo espaço em meio ao deserto, cheio de locomotivas enferrujadas, onde parece que o tempo parou. Os veículos circulavam pela região no início do século XX, carregando minérios como estanho, cobre e prata. A ferrovia foi desativada por volta da década de 1930, mas os veículos permaneceram. A visita ao cemitério também pode ser acompanhada de uma observação de estrelas no Salar de Uyuni.
Fonte: Civitatis