O Hotel La Mamounia ocupa 13 hectares da melhor localização de uma das quatro capitais reais do Marrocos. Localizado a 800 metros da praça Jemaa el-Fna – a mais célebre das entradas para a medina, o centro histórico das cidades marroquinas –, e vizinho de fontes e jardins de rosas ao redor da mesquita Koutoubia, a maior mesquita de Marrakech construída no século 12, esta completando 100 anos de abertura.
Mas a história do La Mamounia começa muito antes. Na área que pertencia ao primeiro califa da dinastia dos Almohade no século 12, foram os jardins desenhados pelo sultão alauita Mohammed Ben Abdellah no século 18 como presente de casamento para seu filho, o príncipe Al Mamoun, que dariam origem – e também o nome – ao hotel. Hoje, a alma do La Mamounia, esses jardins históricos e bem preservados (são 70 funcionários exclusivos para sua manutenção) que foram palco de grandes festas reais são descobertos pelos hóspedes, seja durante o jogging matinal ou quando se vai à academia, às quadras de tênis ou comer no restaurante marroquino, todos distribuídos pelos jardins de oito hectares.
O projeto do hotel, cuja construção começou nos anos 1920, foi uma iniciativa da Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro, empresa estatal que até hoje é acionista majoritária do La Mamounia. E foi durante a concepção do hotel que começou uma longa e consistente história com arquitetos, artistas e designers franceses, representantes máximos da sofisticação há séculos.
Foram muitas as ampliações, mudanças e reposicionamentos até chegar no que é hoje. O La Mamounia possui 135 quartos – a partir de 28 metros quadrados –, 65 suítes, 6 suítes excepcionais e 3 riads, as villas típicas marroquinas, fechadas para o exterior e construídas em volta de um pátio central, com 700 metros quadrados, piscina privativa e três quartos cada um. Grande parte das acomodações têm terraços com vista para os jardins, os picos nevados da Cordilheira do Atlas ou para o minarete de Koutoubia, todas são ricamente decoradas com o melhor das artes tradicionais marroquinas, como os mosaicos zelliges, as madeiras entalhadas e pintadas tazouaqt, o trabalho ornamentado em stucco, além de mármores, veludos, flores frescas e camas king-size.
O Hotel segue em constante aprimoramento, “Além do passado prestigioso, da localização imbatível no coração de Marrakech e depois da primeira fase de renovação assinada pelo célebre escritório Jouin Manku, o La Mamounia está passando agora pela renovação dos espaços públicos que serão inaugurados durante as festividades do centenário, em outubro de 2023”, anuncia o diretor-geral do hotel, Pierre Jochem.
Ora mais contemporâneo ou em estilo tradicional, a mesma riqueza de acabamentos é encontrada em todo o hotel, seja no spa/hamman no subsolo, que conta com os produtos da grife Augustinus Bader, médico que ficou célebre pela medicina regenerativa e pesquisa com células-tronco, seja nos quatro restaurantes de diferentes especialidades, comida asiática, italiana e marroquina, além do pavilhão da piscina que serve café da manhã e brunch al fresco.
Dentro ainda desse universo que é o La Mamounia, o hotel conta com várias lojas, uma com produtos La Mamounia; uma Pierre Hermé, onde os clientes encontram as receitas-assinatura e também uma receita tradicional da corne de gazelle revisitada, feita com amêndoas, água de flor de laranjeira e canela, mas aqui assinadas pelo chef pâtissier francês; e lojas de marcas como Dior e Yves-Saint Laurent.
Depois de passar pela imponente porta de entrada, todos os hóspedes La Mamounia são recepcionados durante o check-in com leite com amêndoas e água de flor de laranjeira, e tâmaras Medjool, nativas do Marrocos e conhecidas como “a fruta dos reis”. Porque é assim que a equipe de 650 funcionários fez seus hóspedes se sentirem a cada estadia.