Seus perfumes são feitos com ingredientes puríssimos, fruto de pesquisas e viagens a lugares como Patagônia, Índia e Galápagos. Durante o evento, Bedel falou de sobre o mercado de perfumaria de nicho, do sucesso de suas fragrâncias, da poesia de suas criações inspiradas na obra de Jorge Luis Borges, em paisagens e em personagens. Bedel “degustou” e comentou junto à platéia atenta, como foram feitos perfumes que têm encantado consumidores ao redor do mundo, como o Biblioteca de Babel, Amalia e Fueguier.
“Desenvolvemos nossos próprios ingredientes e trabalhamos com o produtor. Temos apenas 60 perfumes em nosso portfólio. Colocamos energia na validação de nossa marca, que fala da América Latina, de nossa cultura. O consumidor de luxo é muito aberto a esse tipo de fragrância rara”, explicou Bedel ao público composto por profissionais do setor, inclusive representantes das principais empresas de cosméticos e perfumes do Brasil.
Fora das prateleiras das lojas de aeroportos, a Fueguia 1833, nascida em 2010 na Argentina, é a primeira marca de perfumes de um verdadeiro alquimista da América do Sul a conquistar países, como Italia, França, Estados Unidos, Rússia, Suécia e Singapura. Bedel é considerado um representante do novo luxo: tem uma marca diferenciada, respaldada na sustentabilidade (em todo o processo de fabricação) e exótica.
Apesar dos perfumes Fueguia ainda não estarem à venda no Brasil, Julian demonstra interesse no mercado brasileiro, devido ao momento promissor do setor – desde 2010, o Brasil é considerado o maior mercado consumidor de perfumes do mundo, mas a arte da perfumaria ainda é recente por aqui. Em 2012, o setor de higiene, perfumaria e cosméticos movimentou R$ 34 bilhões no Brasil, alta de 15,62% em relação a 2011, segundo dados da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). O crescimento da área está na faixa dos dois dígitos há 17 anos.