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Tempo seco em Goiás aumenta riscos respiratórios e exige cuidados preventivos

(Foto: Tandem X Visuals/ Unsplash)

Os meses de julho a setembro são marcados pela estiagem em Goiás, período de calor intenso e baixa umidade do ar que exige atenção com a saúde. O tempo seco afeta diretamente as vias respiratórias, aumentando o risco de infecções e crises alérgicas, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

A ausência de chuvas torna indispensável a adoção de medidas preventivas e a vacinação é uma das principais formas de proteção. Nesse período, há maior circulação de patógenos respiratórios e, consequentemente, mais chances de contágio. Por isso, a imunização ajuda a reduzir complicações e formas graves das doenças. Entre as vacinas indicadas estão as contra gripe (influenza), infecções pneumocócicas, COVID-19, coqueluche e tuberculose.

Crianças: sinais de alerta

O tempo seco resseca as mucosas e prejudica a defesa natural do organismo, facilitando crises de asma, rinite, bronquiolite, sinusites e até desidratação em crianças que ingerem pouca água. Também aumenta a propensão ao ressecamento da pele e irritação ocular.

Segundo o pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia, José Augusto Jr., sinais de desconforto respiratório devem ser observados com atenção. “Quando o bebê usa a musculatura do pescoço ou barriga para respirar, são indicativos de esforço. Além disso, chiados, cansaço ao brincar, recusa alimentar e coloração arroxeada dos lábios são sinais de alerta”, afirma. Em bebês, a atenção deve ser redobrada: diminuição de fraldas molhadas, sonolência excessiva e nariz entupido constante podem indicar problemas mais sérios.

Para reduzir os impactos do clima, é importante manter os ambientes limpos e ventilados, incentivar a ingestão de líquidos, umidificar os cômodos com toalhas molhadas ou umidificadores e realizar higiene nasal com soro fisiológico. O uso de ar-condicionado deve ser evitado, pois reduz ainda mais a umidade.

Doenças respiratórias em adultos

De acordo com a pneumologista Daniela Campos, também do Einstein Goiânia, pessoas com asma, bronquite, rinite, dermatite ou urticária podem ter os sintomas agravados durante a seca. “A baixa umidade, aliada a mudanças bruscas de temperatura e aumento de poluentes, piora as condições respiratórias. É importante ajustar os tratamentos, ter um plano de crise e evitar exercícios físicos entre 10h e 16h, quando a umidade é menor”, orienta.

No dia a dia, recomenda-se evitar produtos de limpeza com odores fortes, manter janelas abertas e reduzir o acúmulo de poeira em cortinas, tapetes e bichos de pelúcia. “A prevenção é simples: manter a medicação em dia, hidratar-se, lavar as mãos com frequência e realizar higiene nasal”, acrescenta.

Idosos e imunossuprimidos

O tempo seco também favorece a propagação de vírus respiratórios, como influenza e SARS-CoV-2. O ressecamento da mucosa das vias aéreas compromete a defesa do organismo e a permanência em locais fechados aumenta a transmissão viral. “Infecções bacterianas, como sinusite e pneumonia, tornam-se mais frequentes como complicação de quadros virais mal resolvidos”, explica a infectologista Priscilla Sawada, do Einstein Goiânia.

Segundo a especialista, idosos e imunossuprimidos devem ter atenção especial, pois apresentam resposta imunológica reduzida e frequentemente convivem com doenças preexistentes. Evitar aglomerações, usar máscara em locais de risco, hidratar-se e manter a vacinação em dia são medidas de proteção. “Tosse seca, irritação na garganta e espirros são comuns nesse período. Já febre, mal-estar e secreção nasal amarelada indicam infecção viral ou bacteriana, exigindo avaliação médica”, alerta.

Revista Zelo

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