Vacina contra gripe tem importância redobrada durante a pandemia

Campanha para vacinação no país está em andamento e a adesão em massa contribui para desafogar o sistema de saúde
(Foto: Brittany Colette/Unsplash)

A vacinação contra a gripe está em andamento no país e tem especial importância em meio à pandemia da covid-19. Algumas cidades, porém, ainda apresentam baixos índices de adesão. É importante lembrar que a gripe também pode levar a casos graves, e a imunização em massa contribui para desafogar o sistema de saúde. Embora essencial para os grupos de risco, qualquer pessoa pode tomar a vacina, protegendo você e sua família.

“O vírus influenza causa uma doença respiratória que pode ter diferentes graus, desde casos simples até uma pneumonia que pode evoluir para a síndrome respiratória aguda grave e levar a óbito”, conta a infectologista e especialista em vacinas do Atalaia Medicina Diagnóstica/Dasa Maria Isabel de Moraes Pinto. “As pessoas com maior risco são as crianças de até cinco anos de idade, pessoas a partir dos 55 anos, gestantes e quem possui outras comorbidades, como diabetes e hipertensão”, continua.

O vírus da gripe (influenza) sofre constante mutação e, por isso, é importante vacinar a população todos os anos, protegendo contra as cepas mais recentes e em maior circulação no país. Nos laboratórios da Dasa, entre eles o do Atalaia Medicina Diagnóstica, o imunizante é a vacina influenza tetravalente e abrange duas variantes do influenza A e duas do influenza B, enquanto na rede pública a vacina administrada é trivalente.

“A vacina tem boa eficácia e é muito segura. Embora seja essencial para os grupos de risco, pode ser aplicada em todas as pessoas a partir de seis meses de idade no serviço privado. Isso é algo muito importante, ainda mais quando temos uma pandemia de outro vírus respiratório”, diz Maria Isabel. “É preciso lembrar que a gripe também pode levar a casos graves, embora em menor número que a covid-19. Na situação que estamos vivendo de estrangulamento do sistema de saúde, precisar internar um paciente em UTI e não ter leito disponível é uma possibilidade que já estamos vivendo”, continua.

A infectologista lembra que ambas as vacinas contra a gripe e contra a covid-19 são necessárias e uma não substitui a outra. O único cuidado é que as pessoas que serão imunizadas contra a covid-19 não tomem nenhuma vacina – incluindo para o vírus influenza – 15 dias antes ou depois de cada dose, já que não há dados conclusivos sobre possíveis interações.

“Em uma situação de pandemia com um vírus respiratório, não queremos correr o risco de outras infecções. Por isso é essencial que toda a população tome a vacina para se proteger e proteger a sua família, em especial as crianças. Embora o número de casos graves da covid-19 seja baixo entre elas, a gripe pode ser muito perigosa para a faixa etária abaixo dos cinco anos de idade”, finaliza.

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