Os 3 tratamentos estéticos mais buscados pelos millennials, jovens de 25 a 40 anos

Geração de Millennials responde por boa parcela dos procedimentos estéticos realizados por médicos no Brasil
Aumento dos tratamentos estéticos em pacientes com menos de 30 anos

Uma das gerações que mais investem em tratamentos estéticos é formada por jovens de 25 a 40 anos, os chamados Millennials. O tema dos ajustes estéticos, com procedimentos invasivos ou não, deixou de ser um tabu e foi incluído não só em conversas abertas entre amigos que fizeram como incentivo aos que não fizeram. “Essa geração vê todos esses tratamentos da mesma forma, como se estivessem cortando o cabelo ou fazendo as unhas. Mas isso não significa que eles não sejam exigentes. Eles buscam resultados cada vez mais naturais e tratamentos mais preventivos”, afirma o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). “Esse paciente é mais sofisticado do que qualquer geração anterior. Com o advento da tecnologia e das mídias digitais, eles estão mais informados sobre as técnicas e tendências”, completa o médico.

De acordo com o médico, essa geração está particularmente interessada em procedimentos minimamente invasivos. Até mesmo no caso das cirurgias, o trauma precisa ser menor e o nível de dor no pós-operatório também. As áreas mais populares de preocupação do paciente incluem rugas, linha da mandíbula e nariz. Abaixo, o médico explica os principais tratamentos buscados pelos Millennials.

Injetáveis em doses naturais – Já que está cada vez mais em voga a ideia do resultado natural, e cresceu a ideia do autocuidado, as pessoas tendem a buscar tratamentos preventivos, com um número maior de pacientes mais jovens adentrando os consultórios médicos. Pesquisa anual da AAFPRS constatou que 72% dos cirurgiões plásticos viram um aumento na cirurgia estética ou injetáveis em pacientes com menos de 30 anos. “Os pacientes também estão recebendo tratamentos regulares a partir de uma idade mais jovem que impedem procedimentos invasivos a longo prazo”, diz o Dr. Mário. E até a toxina botulínica teve que se adequar, com aplicação de microdoses (Baby Botox) que são indicadas principalmente para tratamentos preventivos. Outro ponto que torna os injetáveis mais atrativos são o tempo curto de sessão. “Acho que não é apenas por causa do baixo tempo de inatividade, menor custo e por ser um tratamento não tão invasivo, mas também porque há menor estigma e menor barreira à busca por esse tipo de procedimento”, completa o médico. Toxina botulínica, preenchedores e bioestimuladores de colágeno tornaram-se tão comuns que, de acordo com a pesquisa anual da Academia Americana de Cirurgia Plástica Facial e Reconstrutiva (AAFPRS), quatro quintos de todos os tratamentos realizados pelos cirurgiões plásticos faciais em 2018 eram cosméticos e não-cirúrgicos, graças aos resultados sutis, mas perceptíveis, e custo relativamente razoável.

Rinoplastia preservadora – Segundo o cirurgião plástico, na questão dos procedimentos invasivos, o grande destaque é a rinoplastia preservadora, nova técnica cirúrgica que traz excelentes resultados de forma menos invasiva, com menos inchaço e hematomas, além de tempo de recuperação reduzido. “A rinoplastia preservadora tem como objetivo corrigir problemas estéticos e funcionais do nariz de maneira menos agressiva que a rinoplastia estruturada, técnica tradicional que, apesar de trazer bons resultados a longo prazo, exige longo período de recuperação e causa dificuldades caso seja necessária uma segunda intervenção”, explica o Dr. Mário Farinazzo, que trouxe a técnica de maneira pioneira ao Brasil. A cirurgia dura de 3 a 4 horas e é realizada sob efeito de anestesia geral, através de cortes internos, o que resulta em cicatrizes menos aparentes. “Por meio desses cortes internos, o cirurgião identifica e separa as estruturas chaves do nariz, moldando cartilagens e estruturas ósseas. A sustentação é feita através de ligamentos naturais presos à pele e, como resultado, o nariz fica com uma aparência mais natural e harmônica, além de preservar quase que completamente sua elasticidade e mobilidade originais. É principalmente nesse ponto que a rinoplastia preservadora se diferencia da rinoplastia estruturada, pois na técnica tradicional o nariz é completamente desmontado e ao ser remontado, o que é feito por meio de enxertos de cartilagem retirados do próprio septo, tende a se tornar mais rígido”, afirma. “Na rinoplastia preservadora há também menos chances de ocorrerem complicações e, caso seja necessária uma nova intervenção no nariz, a cirurgia é mais simples. Por esses motivos, a técnica é principalmente indicada para pacientes que vão realizar a rinoplastia pela primeira vez”, destaca.

Mentoplastia – A mandíbula indefinida, uma combinação de mandíbula e pescoço, é uma das preocupações e reclamação mais frequente dos pacientes. Muitos jovens começaram a buscar a harmonização facial e perceberam que o resultado não é definitivo. Por isso, estão buscando a cirurgia de mentoplastia de aumento, uma alternativa definitiva para ampliar a projeção e o tamanho do queixo para deixar a face mais harmônica. Segundo o médico, pode ser feito um implante ou reposicionamento do osso. “No caso do avanço ósseo, é uma cirurgia feita sob anestesia geral e que dura em torno de uma hora. O local da incisão pode ser dentro da boca ou abaixo do queixo. Após isso, reposicionamos o osso da mandíbula com a ajuda de pequena placa de titânio, proporcionando um resultado mais natural e usando a própria estrutura óssea do paciente”, diz o médico. É indicado o uso de uma faixa específica para reduzir o inchaço da região nos primeiros dias.

Por fim, o médico lembra que todos esses procedimentos devem ser indicados por um cirurgião plástico após avaliação do paciente.

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