Brasil ocupa segundo lugar em transformações estéticas odontológicas no mundo

Especialistas explicam que dados são alerta para que procedimentos sejam feitos com profissionais e materiais de qualidade
(Foto: asierromero/freepik.com)

Apesar do período de crise econômica por conta da pandemia, o mercado da estética no Brasil continua crescendo a passos largos, ficando atrás apenas dos EUA e da China. Em 2021, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), esse mercado cresceu mais de 560% no país e, junto dele, a Odontologia Estética acompanhou a evolução, ampliando o escopo de procedimentos ofertados com a recente aprovação pelo Conselho Federal de Odontologia (Resolução CFO 198/2019) da Harmonização OroFacial como especialidade, catapultando a demanda e a democratização do acesso à sociedade.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE), o Brasil ocupa o segundo lugar no pódio de transformações estéticas odontológicas no mundo, destacando que a busca por procedimentos estéticos na área triplicou entre 2014 e 2017, e o setor passou a oferecer serviços mais completos, inovadores e tecnológicos. Nesse ritmo de crescimento, as lentes de contato e facetas cerâmicas ocuparam papel protagonista na última década, como destaca o doutor Lúcio Monteiro, professor do Curso de Especialização em Odontologia Estética da Associação Brasileira de Odontologia – Goiás. “Nesses mais de 27 anos de experiência clínica, é perceptível pela procura que as lentes de contato cerâmica marcaram a última década da estética odontológica e tiveram papel fundamental na transformação de sorrisos”, esclarece.

Apesar de ser algo para comemorar, economicamente falando, esse crescimento social por mudanças do ‘status quo’, aumentando vertiginosamente a demanda em consultórios e clínicas especializadas, traz consigo a obrigatoriedade do preparo técnico e reciclagem científica daqueles que se dispõem a ofertar procedimentos estéticos sob pena de danos biológicos irreversíveis e resultados frustrantes. Quem explica é a autora do livro, best seller na Odontologia, “Facetas – Lentes de Contato e Fragmentos Cerâmicos”, e coordenadora de cursos de pós-graduação em Odontologia Estética da Associação Brasileira de Odontologia – Goiás, doutora Paula Cardoso.

“Estar disposto a ingressar no mercado é diferente de estar apto. É essencial que haja formação técnica e científica qualificada na prestação de serviço. Apesar da estética ser o objetivo inicial da procura, ela é resultado de um processo técnico pautado em correto diagnóstico e indicação ética dos procedimentos sob risco de mutilação da estrutura dental em caráter irreversível. O desejo por mudança não pode superar a indicação”, afirma a dentista.

Dentro do assunto há, ainda, um ponto a ser destacado refere-se ao aumento de casos de bruxismo na população mundial neste período de pandemia, como conclui a recente publicação do Journal of Clinical Medicine (2022), periódico de alto impacto científico mundial, confundindo a sociedade com os sinais de desgaste dental pelo comportamento parafuncional o que impacta resultados estéticos e funcionais por erros de diagnóstico.

Esse assunto é fruto de pesquisa, ensino e dedicação do doutor Rafael Decurcio, coordenador da pós-graduação em Reabilitação oral Estética e Funcional da Associação Brasileira de Odontologia – Goiás e autor de publicações científicas sobre o tema que destacam a importância desse entendimento. “É previsível que pacientes parafuncionais, portadores de Bruxismo ou Apertamento Dental, busquem soluções baseadas em alterações estéticas visuais, pois é o que se consegue observar de forma leiga como mudança do sorriso. Nesse sentido, o profissional deve estar atento aos sinais e sintomas para que as Facetas Cerâmicas ou Lentes de Contato sejam uma ferramenta terapêutica do processo de reabilitação e não assumam protagonismo no convencimento de execução de tratamentos. Os riscos de produção de colapsos funcionais, incidindo em aparecimento de problemas funcionais ou agravamento dos pré-existentes é sério quando o diagnóstico não é assertivo”, garante o especialista.

Outro alvo a ser discutido, ainda segundo os especialistas, trata-se da padronização de sorrisos, robotizando os resultados e desprezando a individualidade do ser humano como fator primordial ao planejamento estético. Seja pelo advento de programas de planejamento digital do sorriso baseados em referências estéticas comuns, seja pela aceitação passiva ou exigência ativa de resultados semelhantes pela sociedade e pelos profissionais, os sorrisos têm se tornado cada vez mais artificiais produzindo uma geração de indivíduos com sorrisos iguais.

“Padrão esquelético, idade, sexo, comportamento sócio-cultural, limitações e possibilidades técnicas, indicação e, sobretudo, compreensão dos riscos e benefícios de cada procedimento estético são pontos relevantes a serem levados em consideração quando do estabelecimento de um planejamento reabilitador para transformação do que se mostra o sorriso”, diz Decurcio completando que é indispensável que haja uma “comunhão ética de interesses e possibilidades da sociedade e dos profissionais para acompanhar esse momento especial do crescimento do mercado da Estética Mundial, para que os resultados não gerem mais problemas e danos do que os próprios anseios por mudanças”.

Pensando nisso e com toda preocupação com tais dados, Lúcio, Paula e Rafael inauguram, em abril, um espaço na capital goiana para que indivíduos possam ser tratados com a devida personalização usufruindo de conquistas pessoais, melhoria da auto-estima e bem estar social, físico e mental, com saúde estética e funcional. “A Versi – Estética & Função será uma clínica que trará a união de experiências consagradas, alta produção científica e décadas de dedicação à pós-graduação, oferecendo o melhor desempenho em reabilitações estéticas e funcionais na transformação de sorrisos”, afirma Paula.

A clínica funcionará no Edifício Metropolitan Business & LifeStyle, no Jardim Goiás, e trará todo o escopo de procedimentos necessários para o bem fazer, criando um ambiente aconchegante à avaliação, diagnóstico e estabelecimento de indicações particulares a cada cliente, com métodos de tratamentos integrais e focados na individualização e criação de reabilitações estéticas e funcionais naturais e únicas.

Lúcio Monteiro, Paula Cardoso e Rafael Decurcio inauguram a Versi – Estética & Função (Divulgação)

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