O cenário dos micro e pequenos empreendedores de Goiás foi apresentado à imprensa durante coletiva realizada nesta segunda-feira (09), na sala de reuniões do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae Goiás. Com metas superadas em 2024, a instituição comemorou a melhoria do ambiente de negócios em todas as regiões do estado e destacou desafios e oportunidades para o próximo ano.
Participaram da coletiva o presidente e o vice-presidente do CDE, José Mário Schreiner e André Luiz Baptista Lins Rocha, além dos diretores do Sebrae Goiás: Antônio Carlos de Souza Lima Neto (superintendente), Marcelo Lessa Medeiros Bezerra (técnico) e João Carlos Gouveia (administrativo e financeiro). Cerca de 40 veículos de comunicação estiveram presentes.
José Mário Schreiner destacou que o Sebrae Goiás está entre os Top 3 do Brasil em vários critérios. Graças à equipe qualificada e às parcerias estabelecidas, a instituição já alcançou 1,1 milhão de atendimentos em menos de dois anos, superando metas e diretrizes do CDE. A meta é atingir 2 milhões de atendimentos até o final de 2026. “Graças à interiorização dos atendimentos e à implementação de diversos programas e ações, batemos recordes de atendimento. Avançamos não apenas nos 246 municípios goianos, mas também nos cerca de 600 povoados do estado. Onde houver um empreendedor, o Sebrae estará presente”, afirmou.
Em 2024, foram criadas 96 mil empresas em Goiás, sendo 75% delas micro e pequenas – um crescimento de 24% em relação ao ano anterior. Até setembro, foram gerados 55 mil empregos, um aumento de 18% comparado ao mesmo período de 2023. Schreiner enfatizou que os pequenos negócios representam 94% das empresas ativas no estado, responsáveis por 67% dos empregos e 38% do PIB. Entre 2019 e 2023, Goiás registrou o 5º maior rendimento médio real dos donos de negócios do país, com um crescimento de 34% nesse período. Além disso, o endividamento diminuiu de 25% para 20%.
Atualmente, o Sebrae Goiás possui 138 pontos de atendimento no estado, incluindo oito regionais com 12 agências, mais de 110 Salas do Empreendedor e 16 Pontos de Atendimento com Parceiros (PAP). Em 2024, foram assistidos 180 mil CNPJs por meio de cursos, oficinas, mentorias e programas de fomento ao empreendedorismo, como Cidade Empreendedora, Território Empreendedor, Educação Empreendedora e o Prêmio Prefeitura Empreendedora, que contou com a participação de 51 municípios.
O superintendente Antônio Carlos de Souza Lima Neto ressaltou o retorno dos atendimentos presenciais, que representam 72%, enquanto 28% são realizados online. “Isso demonstra que oferecemos uma experiência personalizada, fortalecendo a confiança dos empreendedores em nossas iniciativas. Estamos sempre presentes para entender os desafios, superar obstáculos e celebrar os resultados alcançados nos diferentes setores da economia – seja no comércio, nos serviços, no agro ou na indústria”, afirmou.
Lima Neto destacou o “Guia Prático sobre Simplificação da Abertura de Empresas e Compras Governamentais”, elaborado pelo Sebrae Goiás e entregue em agosto ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. “Goiás está no caminho certo. Com uma estrutura preparada e políticas públicas favoráveis, não há como dar errado”, complementou.
Para 2025, o Sebrae Goiás aposta em quatro linhas de atuação, conforme apresentado pelo diretor técnico Marcelo Lessa: desenvolvimento territorial com ampliação do programa Cidade Empreendedora e consultorias para smart cities em oito municípios; inovação; empreendedorismo inclusivo voltado a pessoas com deficiência ou transtornos, como autismo; e sustentabilidade. “Vamos aplicar o metaverso, o dropshipping e a inteligência artificial (IA) nos pequenos negócios. Com o programa Sebrae na sua Empresa, teremos uma equipe de consultores qualificados para atender 90 mil empreendimentos de porta em porta”, afirmou.
Por fim, o diretor de Administração e Finanças, João Carlos Gouveia, destacou a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança). “O Sebrae Goiás atuará como agente catalisador para que os pequenos negócios adotem práticas sustentáveis, não apenas para garantir conformidade, mas como um diferencial competitivo”, explicou.