Mulheres são maioria no quadro de funcionários de empresas e ocupam cargos de chefia

<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/NEWS/Ana%20C%C3%A9lia.JPG" alt="Ana C&eacute;lia ocupa um posto de destaque, &eacute; a &uacute;nica mulher entre os quatro diretores da EBM Desenvolvimento Imobili&aacute;rio (Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o)" width="546" height="703" /></p>
<p style="text-align: justify;">Ap&oacute;s mais de quatro d&eacute;cadas do auge da inser&ccedil;&atilde;o feminina no mercado de trabalho, nos anos de 1970, n&atilde;o h&aacute; profiss&atilde;o em que elas n&atilde;o estejam. Nos servi&ccedil;os de sa&uacute;de, principalmente, a presen&ccedil;a das mulheres &eacute; quase majorit&aacute;ria e tamb&eacute;m prefer&iacute;vel. As empresas e empregadores justificam que a dedica&ccedil;&atilde;o, efici&ecirc;ncia e aten&ccedil;&atilde;o durante os cuidados prestados aos pacientes s&atilde;o os fatores que as fazem boas profissionais nessa &aacute;rea.<br />A diretora de relacionamento do Crool Centro Odontol&oacute;gico, Paula Medrado, explica que as mulheres &ldquo;conseguem transmitir aos pacientes que elas se importam com os problemas deles e ir&atilde;o resolv&ecirc;-los com todo o empenho necess&aacute;rio&rdquo;. A empresa tem cerca de 70% do quadro de funcion&aacute;rios constitu&iacute;do por mulheres e elas est&atilde;o em todos os setores, do cargo de atendimento passando por auxiliares bucais, dentistas chegando at&eacute; &agrave; ger&ecirc;ncia de recursos humanos e diretoria.<br />A Drogaria Santa Marta possui um n&uacute;mero semelhante de farmac&ecirc;uticas mulheres. Helisley Regina &eacute; uma delas. A hoje gerente farmac&ecirc;utica j&aacute; ocupou diversas fun&ccedil;&otilde;es na rede, como estagi&aacute;ria, caixa, balconista, auxiliar interno at&eacute; chegar a seu cargo atual. Para ela, &ldquo;a paci&ecirc;ncia, a aten&ccedil;&atilde;o e os cuidados caracter&iacute;sticos das mulheres deixam os clientes satisfeitos&rdquo;, diz.<br />Especialista em Recursos Humanos e mentora de gest&atilde;o de carreira da Apoio Neg&oacute;cios, Dilze Perc&iacute;lio esclarece que essas caracter&iacute;sticas reconhecidas como femininas s&atilde;o constru&ccedil;&otilde;es culturais. &ldquo;Desde a pr&eacute;-hist&oacute;ria, n&oacute;s mulheres fomos direcionadas aos cuidados. Cuidar dos filhos, do marido, da casa, al&eacute;m de fazer v&aacute;rias coisas ao mesmo tempo&rdquo;, explica. Ela continua dizendo que essas compet&ecirc;ncias n&atilde;o s&atilde;o exclusivas das mulheres e tamb&eacute;m podem estar presentes em profissionais homens. &ldquo;O que vemos na &aacute;rea da sa&uacute;de &eacute; a preocupa&ccedil;&atilde;o com a humaniza&ccedil;&atilde;o&rdquo;, fala.<br />Ana C&eacute;lia Carvalho n&atilde;o &eacute; da &aacute;rea da sa&uacute;de, mas assim como Paula e Helisley, ocupa um posto de destaque onde trabalha, a EBM Desenvolvimento Imobili&aacute;rio. Desde 1990 na empresa, Ana &eacute; diretora financeira e a &uacute;nica mulher entre os quatro diretores da EBM. &ldquo;Tenho muito orgulho de ser a &uacute;nica mulher no quadro de diretores e sei que com muita determina&ccedil;&atilde;o, dedica&ccedil;&atilde;o, flexibilidade e organiza&ccedil;&atilde;o, pude contribuir com a melhoria da gest&atilde;o dos neg&oacute;cios da empresa&rdquo;, diz a administradora.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Preconceito<br /> </strong>Helisley conta que nunca sofreu preconceitos por parte de seus colegas de trabalho ou clientes, mas ainda v&ecirc; que as mulheres preferem ser atendidas por farmac&ecirc;uticas enquanto os homens, muitas vezes, se sentem desconfort&aacute;veis em relatar suas queixas a elas. &ldquo;Principalmente homens mais velhos querem ser atendidos por farmac&ecirc;uticos, mas vemos que isso &eacute; mais por quest&atilde;o de vergonha mesmo&rdquo;, explica.<br />Paula j&aacute; n&atilde;o teve tanta sorte. Lembra que algumas vezes sua compet&ecirc;ncia foi posta em d&uacute;vida. &ldquo;Eu, como diretora de relacionamento, j&aacute; vivi algumas situa&ccedil;&otilde;es dessas. A pessoa j&aacute; chega procurando um homem, como se eu, por ser mulher, tenho uma compet&ecirc;ncia abaixo do que um funcion&aacute;rio do sexo masculino&rdquo;, reclama.<br />Dilze explica tal situa&ccedil;&atilde;o pela ideia de que a mulher &eacute; fraca para liderar. &ldquo;Quando a gente fala que as mulheres recebem menos do que os homens &eacute; verdade sim. Por&eacute;m, as boas empresas t&ecirc;m sal&aacute;rios fixos para os cargos. O que acontece &eacute; que as empresas acabam prendendo muito a mulher em cargos operacionais, poucas conseguem alcan&ccedil;ar altos postos de gest&atilde;o&rdquo;, lamenta.</p>
<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/NEWS/helisley_cliente%201.JPG" alt="Helisley Regina hoje &eacute; gerente farmac&ecirc;utica da Santa Marta (Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o)" width="667" height="505" /></p>
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