- Débora Sena e Letícia Meira durante MotoCharm (Foto: Divulgação)
No trânsito das grandes cidades, a presença feminina já é marcante. No comando dos volantes dos carros, elas cumprem atividades da rotina, levam os filhos na escola, trabalham e, de quebra, ainda garantem mais segurança aos seus pares. Nos índices de acidentes com vítimas, elas ainda são minoria. Para quem já demonstra destreza no comando deste tipo de veículo, a conquista de um reduto ainda ocupado pelos homens se torna, a cada dia mais, uma realidade emocionante. Em busca de liberdade, prazer e velocidade, o público feminino encontra as motocicletas e aceita o desafio de domar também os veículos de duas rodas.
A nutricionista Débora Sena já guiou a moto do namorado, mas a experiência deixou um “gostinho de quero mais”. Foi com esta expectativa que ela participou do 2º MotoCharm, realizado pela Voar Motos, durante o mês de março, e assistiu a aula teórica e prática do instrutora Marcos Doidera, piloto conhecido pela experiência em direção defensiva de motocicletas. “Há um mito de que a motocicleta é perigosa, o que é perigoso é não saber dirigir”, afirma Doidera, que compartilhou com um grupo de mais de 30 mulheres a experiência como piloto durante o evento realizado na loja revendedora oficial da Kawasaki, em Goiânia (GO).
O público formado por mulheres de todas as idades não escondeu a curiosidade diante das dicas do piloto, que também dá aulas para profissionais de segurança e outros. Ele ensinou as mulheres desde o uso de acessórios até manobras para iniciantes. “A condutora precisa estar preparada, com roupa, sapatos e acessórios adequados, que ofereçam conforto e segurança”, explicou ele, lembrando a importância do nylon para o forro das roupas de proteção especiais para motociclistas. E para quem pensa que os modelitos podem atrapalhar o visual, o instrutor mostrou que muitas marcas oferecem design diferenciado e ultra- moderno.
Com as roupas prontas, é hora de conhecer o equipamento. A primeira pergunta da turma é qual o melhor modelo para pilotar. A universitária Letícia maia está pronta para o desafio de sair da carona na motocicleta, mas tem dúvidas sobre qual é o melhor modelo. Com porte físico delicado, ela teme o peso do veículo. “Fico sempre pensando na força necessária para segurá-la”, afirmou ela, que participou da oficina MotoCharm. O instrutor afirmou para as alunas que não existe apenas um modelo ideal para o público feminino e que a escolha deve considerar peso e altura de cada uma. “A melhor moto é a que vai te oferecer equilíbrio e segurança na performance”, afirmou ele, mostrando que a Ninja 250 reúne boas características para atender os desejos das mulheres. Durante o evento, a Voar Motos exibiu o modelo da Kawasaki customizado em homenagem ao mês das mulheres e agradou o público presente.
Experiência
Marcos Doidera mostrou ainda a forma correta de fazer curvas, uso dos freios, subida no veículo e até como ser um bom carona. “Para quem está no banco traseiro, o ideal é encostar o corpo junto ao do condutor e colocar as mãos na perna dele ou na parte da frente da moto. Depois, é só acompanhar o movimento da moto”, explicou. Piloto experiente, Zezé da Luz foi conferir as novidades e trocou experiência com as aspirantes a motociclistas. “Pilotar é uma delícia. Adoro pegar a estrada para sentir o vento”, afirmou ela, que há mais de 30 anos é motociclista.
A segunda edição do MotoCharm foi encerrada com abertura de inscrições para aulas práticas só para grupos de mulheres. De acordo com a empresária Ana Flávia Abrão, diretora da Voar Motos, é crescente a procura de mulheres que pilotam ou que gostariam de pilotar por produtos e serviços específicos para elas. “Acreditamos neste segmento e que nós mulheres temos talento e habilidades para ocupar nosso espaço neste mercado. O curso busca mostrar para elas quais os diferenciais que podem ter no comando das motos enas vantagens deste veículo para o trânsito dentro da cidade”, explica ela, que já garante a terceira edição do evento no próximo ano.
