Praticidade dos Lofts é destaque na Casa Cor

Adega
O bairro nova-iorquino SoHo foi o cenário para o surgimento de um verdadeiro estilo de morar: os lofts. Nos anos 1970, diversos artistas foram para o local em busca de um custo de vida mais acessível e passaram a viver em antigos galpões. Não havia paredes para delimitar os espaços, nem muitos adornos para enfeitá-los. O conceito agradou os descolados da época e atravessou gerações.
Há quem diga que os primeiros traços que deram vida a um loft saíram da prancheta do arquiteto francês Le Corbusier. Ainda na década de 1920 ele criou apartamentos amplos, com pé-direito duplo e muita luz natural. Este conceito foi reproduzido nos anos 1930, nos subúrbios de Manhattan. Mas foi apenas em 1970 que morar em lofts virou moda e, a partir daí, não ficou conhecido apenas como um local para morar, mas sim como um estilo de viver.
Atualmente, diversos empreendimentos investem nessa ideia e apresentam imóveis amplos com ambientes integrados. Há também pessoas que preferem manter a construção original e reaproveitam antigas instalações de casas ou comércios. Nos dois casos, um aspecto comum: é preciso caprichar na decoração, pois todos os detalhes estarão à vista.
O estilo de vida dos lofts entra em cena na Casa Cor Goiás 2012 mostrando soluções que revolucionam a relação entre pessoas e seus espaços de viver. Com ambientes sofisticados e acolhedores, a exposição apresenta ideias para variados estilos de morar em apartamentos e residências. Urbanos e contemporâneos, os lofts estão em cinco ambientes da mostra: Studio Elle, Studio Tecnológico, Loft 1, Uma Sala para Mônica e Refúgio Urbano, mostrando que criatividade e boas ideias cabem em qualquer espaço.
Loft 1 – Foto: Ricardo Lima
Aproveite o espaço aberto – Para garantir charme de sobra é muito importante deixar a criatividade tomar conta. Para os lofts não há regras. Vale misturar estilos, compor detalhes que roubam a cena. Só não vale pecar pelo excesso. Móveis com dupla função também são indicados. Eles ajudam a aproveitar a metragem disponível e apresentam soluções inteligentes. Vale apostar também em modelos planejados. Dessa forma, se consegue incorporar os móveis aos ambientes com maior facilidade. Esse é o caso do Refúgio Urbano, dos arquitetos André Brandão e Márcia Varizo, que dispõe de um móvel multiuso que agrupa armário, adega, frigobar, estante e cozinha.
Aparadores, baús, mesas com características retro e quadros apoiados nas paredes também são boas opções para deixar o projeto do loft especial. Tais itens estão presentes no Loft 1 dos arquitetos Ana Paula Castro e Sanderson Porto, que traz como adornos peças antigas de decoração, como um fruteiro, um patinete, uma caixa de metal de refrigerantes, além de uma antiga bicicleta de acervo pessoal e um quadro do artista plástico goiano Marcelo Solá.
Também é importante prestar atenção para não deixar o conforto do morador de lado. É fundamental saber integrar os espaços sem perder a privacidade em um loft. Para isso, a arquiteta Ana Maria Miller, responsável pelo Studio Tecnológico, utilizou uma porta de correr automatizada e executada em vidro refletente para dividir, de forma sutil, as áreas de estar/cozinha e quarto do espaço.
Studio Elle. Foto Ricardo Lima
Materiais utilizados – Os materiais de acabamento também são imprescindíveis na hora de dar vida a um loft. Os campeões de pedidos são os tijolinhos à vista, o colorido dos ladrilhos hidráulicos, o charme do concreto aparente e a simplicidade da madeira de demolição. Em muitos casos, as tubulações elétrica, de ar-condicionado e hidráulica ficam aparentes, característica típica dos modelos nova-iorquinos. Outro elemento onipresente é o pé-direito duplo, que tem a função de valorizar o imóvel, conferindo-lhe a sensação de amplitude.

Uma Sala para Mônica
Loft Refúgio Urbano

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