A febre das redes sociais

  • (Foto: divulgação – A febre das redes sociais)

As redes sociais, utilizadas inicialmente para interagir com amigos e parentes distantes, atualmente, são monitoradas por empresas na intenção de avaliar candidatos às vagas e colaboradores. A tendência está se espalhando pelo mundo inteiro. De acordo com uma pesquisa realizada pela Reppler, uma consultoria especializada em gerenciamento de imagens nas mídias sociais, 69% dos recrutadores norte-americanos já rejeitaram um candidato devido a informações nos perfis de redes sociais como Facebook, LinkedIn e Twitter.

A forma de acesso dos internautas é bem diversificada, vai do superficial à ferramenta de trabalho e é exatamente por causa do lado profissional que o usuário deve ficar atento ao que publica. Afinal, as atualizações podem resultar tanto em uma contratação quanto em demissão ou, em alguns casos, rejeição do candidato durante o processo seletivo.

Para aqueles que buscam oportunidades de trabalho, a coach e psicóloga Sabrina Ferroli, do Instituto Karana, diz que primeira dica é identificar quais são os conhecimentos e as experiências que possui e apresentá-las objetivamente. “Agora é importante entender a necessidade de se criar dois perfis nas redes. Como se tratam de espaços ‘públicos’, é importante lembrar que a comunicação e o compartilhamento fluem em uma velocidade assustadora. É interessante refletir que dificuldade há em atuar/viver de maneira transparente, cuidando da postura e do que é publicado em sua página”, analisa.

O cuidado com o conteúdo é outro passo importante. Isso porque as análises feitas pelas empresas – quando vão avaliar os candidatos – estão baseadas, conforme explica Ferroli, nas publicações realizadas, no nível de interação, nas postagens dos amigos, na profundidade dos temas e no direcionamento dos posts. “Verificam, ainda, se a pessoa é conectada com as novidades, informações ou se usa o espaço para superficialidades. Também é usado para checar aspectos que possam denegrir a imagem do candidato como, por exemplo, apologia a drogas, discriminação, preconceito, entre outros”, afirma Sabrina.

Ter uma vida offline nas redes sociais pode dar a entender que a pessoa não deseja expor-se. Contudo, estar online, possibilita avaliar se há coerência entre o que a pessoa faz e o que diz. Situações polêmicas, por exemplo, podem divulgar valores e princípios por trás das aparências e dos discursos montados. Por isso, deve-se avaliar bem se é preferível comentar ou abster-se.

Dicas para usar nas redes sociais

– Lembre-se que espaços de exposição devem ser usados com responsabilidade. Você vai ser lembrado por seus hábitos postados. Sexo, drogas e temas do gênero devem ser discutidos em fóruns adequados e qualquer tipo de exposição sexual jamais deve acontecer. Fotos de eventos, férias, baladas, também são expressões de comportamento e tendências, com certeza, serão vistas e “julgadas” por todas as pessoas, sejam elas selecionadores de uma empresa ou um futuro amigo;

– Use as ferramentas disponíveis para configurar sua privacidade. Convide ou aceite nas redes pessoas que conhece ou com as quais deseja compartilhar seu conteúdo;

– Use redes distintas para fins específicos. Por isso, pense bem se quer aceitar contatos profissionais em sua rede pessoal;

– Certifique-se de que está usando o idioma de forma correta. Usar mal o português ou recomendar um conhecido em inglês e cometer erros gramaticais conta pontos contra você.

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