<p style="text-align: justify;">O espaço destinado para a 16ª edição do Festival Vaca Amarela reservava suas limitações. Ambiente fechado – o que comprometeu a experiência no festival -, e poucos banheiros por perto.</p>
<p style="text-align: justify;">A noite desta sexta-feira (22/9) começou tranquila. Os primeiros shows contavam com o prestígio de poucas pessoas, o que manteve praticamente vazio o Palácio da Música, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.</p>
<p style="text-align: justify;">Superado o espanto do público sobre o ambiente que assistiriam os shows, restava a insatisfação com o número de atendentes de bar e a escassez de lixeiras. </p>
<p style="text-align: justify;">Outro empecilho foi a moeda adotada no evento, apenas de quatro reais. Por vezes os clientes eram convidados a repensar seus pedidos, de modo a fechar a conta. Mal estar amenizado pelo atendimento cortês da equipe de caixa.</p>
<p style="text-align: justify;">Os shows seguiram com pequenos atrasos, pontualmente equilibrados pelos dj sets de intervalo. Ponto positivo, serviram para levantar o ânimo do público, sendo, por vezes, mais aplaudidos que as bandas. </p>
<p style="text-align: justify;">O show mais prejudicado foi da banda goiana Carne Doce, que começou a cantar com 50 minutos de atraso. Pouco relevante se observados os gritos e aplausos que arrancaram do público, sedentos mesmo pela estrela da noite, a maranhense Pabllo Vittar.</p>
<p style="text-align: justify;">A atração apareceu no palco com a identidade que a projetou a nível internacional. Pabllo tem a felicidade de ser voz de diferentes histórias. De casos de amor, de relações familiares e de situações do cotidiano. Consegue, com o mesmo jogo de cintura, encantar as mais diferentes tribos. </p>
<p style="text-align: justify;">Energia lá em cima. Ritmo a mil. Foi assim que Pabllo se lançou naquele palco, pequeno para tanto talento e espera. Mas o encanto logo se quebrou, motivado por falhas de produção. O som, que se resumia em dezesseis caixas suspensas, não foi suficiente e deixou a desejar para quem ouvia do fundo. A artista parecia não utilizar retorno sem fio e ao se aproximar dos monitores, era gerada uma chata microfonia.</p>
<p style="text-align: justify;">Os problemas técnicos já vinham de muito antes. O show da Deb and the Mentals tornou-se impossível de ouvir, tamanha a interferência no som. </p>
<p style="text-align: justify;">Voltando à Pabllo, o microfone da cantora falhou por duas vezes, uma delas logo na primeira música. A organização levou uma puxada de orelha em bom som. "Eu me preparei para estar aqui", reclamou a cantora. O show seguiu. A emoção acompanhou as canções, das românticas aos hits que estão na boca do povo. </p>
<p style="text-align: justify;">Lá fora outros detalhes atormentavam o público. A fila longa para comprar bebidas foi o ponto alto das reclamações. Depois os furtos, que acabaram com a noite de diversos frequentadores. Alguns, na saída, improvisaram uma manifestação, com gritos de ordem e de insatisfação. Ninguém da organização atendeu os lesados, que contaram apenas com a orientação dos seguranças para que registrassem boletim de ocorrência. </p>
<p style="text-align: justify;">Pabllo deu seu show. Fez o que pode, na certeza de que o festival olhou com desatenção para um detalhe tão importante. O som!</p>
<p style="text-align: justify;">O festival segue hoje, no mesmo local, com MC Carol como atração principal. Confira mais informações <a href="/post/diversidade-musical-e-destaque-no-final-de-semana-do-vaca-amarela" target="_blank">aqui</a>. </p>
<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/IMG-20170923-WA0022.jpg" alt="" width="800" height="1066" /></p>