É possível aliar o desenvolvimento tecnológico à preservação do meio ambiente e dos costumes? Para o artista plástico Ivaan Hansen, sim. Esta é a temática da nova série de obras do artista, que trazem o que seria um ponto de equilíbrio entre a necessidade do homem em criar, experimentar, evoluir sem extinguir ou exterminar o planeta e ele mesmo.
Nas novas imagens criadas em acrílico sob tela, Hansen cria obras em torno de uma figura principal – “O Chipado”, como ele denomina, que representa o homem do futuro. Aliados ao personagem, o artista insere vários elementos, sejam eles da tecnologia, socioculturais ou da natureza, os quais são representados através de figuras simbólicas e frases de efeito.
A composição criada por Hansen remete à harmonia, de forma a fornecer ao espectador uma mensagem de como seria possível viver no planeta sem limitações e, ainda assim, preservando-o. “Está na nossa essência a possibilidade e a necessidade latente de modificar e criar coisas novas. No entanto, também é importante não negligenciarmos o fato de que o planeta Terra, com todas as suas características vivas e não-vivas, é a plataforma indispensável, portanto, intransponível, para toda e qualquer atual e futura façanha que venhamos fazer”, ressalta.
Natural de Chapecó, Santa Catarina, Hansen reside em Goiânia desde os anos 2000. Artista plástico e filósofo, é conhecido internacionalmente, com seu trabalho exposto pelo Brasil e mundo afora. Suas obras já estiveram em países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Áustria, China e Tailândia, além de museus conceituados no Brasil, como o Museu Arte de São Paulo (Masp), um dos mais importantes em arte contemporânea da América Latina.
A partir das obras da série com ‘O Chipado’, Hansen também criou uma coleção da camisetas. As peças estão disponíveis do tamanho P a GG e logo estarão disponíveis para comercialização.
Zervas Art Clubs
Ivaan Hansen assumiu recentemente a presidência da Zervas Art Clubs, ramificação da organização internacional cultural, artística e científica criada pelo artista grego Panagiotis Zervas. No Brasil, ele e a vice-presidente Maria Di Jesus, também artista, querem demonstrar na prática o que é a verdadeira globalização cultural e social, com a visita e imersão artistas do mundo todo na cultura local goiana.
Além de pintar e mostrar suas habilidades artísticas, os participantes do projeto visitarão locais históricos e comunidades marginalizadas e necessitadas de atenção e inclusão. O foco principal são as crianças das periferias brasileiras. “Dar oportunidade para elas se realizarem artisticamente é pensar num país mais igualitário, justo, e humano, onde o futuro pode acontecer de fato”, destaca Hansen.
Primeiramente, a iniciativa será realizada em Goiás e depois, expandida para outros locais no Brasil, com a proposta de um evento internacional anual para recepcionar os artistas participantes do projeto.