Dui

Uma das boas opções gastronômicas de São Paulo é o Restaurante Dui. O nome do lugar vem do I Ching e tem tudo a ver com a proposta do ambiente. Dui significa “alegria”, “conversa prazerosa” e “convivência à mesa”. O projeto foi concebido ao longo de um ano com dedicação e carinho pelos sócios Bel Coelho e Cristiano Almeida. “Queríamos um lugar moderno, jovem e despretensioso, que servisse uma gastronomia inspirada, porém acessível, sem afetação”, explica a chef. “Um ponto de encontro para degustar tapas, taças de vinho ou sangrias no bar com amigos antes da noite começar, ou ainda para terminá-la, com um jantar bacana.” Para Cristiano, o restaurante oferecerá também uma boa oportunidade para o público cativo e admirador do trabalho da Bel: “o dui mostra toda a sua maturidade profissional”.

Para reforçar bem o conceito de casualidade, o dui conta também com um menu de tapas e mezzes (tira-gostos das mais diversas inspirações). Servidos num bar próprio e que funciona independentemente do salão, os petiscos foram criados para serem degustados sem pressa, junto com as várias opções de vinho em taça e sangrias, um diferencial da casa. Entre as criações da cozinheira, há o Creme de batata trufado com crispy de jamón Serrano, Pintxos de queijo de cabra e pimentão a lenha e Trio de Ceviches (robalo, polvo e cogumelos ).

O dui ocupa o imóvel do antigo Empório Siriúba, que Bel namorava há algum tempo. O moderno e amplo projeto de Fernando Rocco, de três andares, foi apenas levemente repaginado pelo Studio Superlimão, para adaptar a arquitetura ao conceito da nova casa. Foram acrescentadas cortinas leves e as paredes ganharam cores marcantes e aconchegantes, como berinjela e magenta. A pedido dos sócios, o mobiliário remete aos anos 60 e 70.

No térreo funcionam o bar de tapas, a adega, o salão e o jardim, que foi ligeiramente tropicalizado. Para o primeiro andar, Bel inaugurou em agosto de 2010 seu espaço para menus degustação autorais, que ela batizou de “Clandestino”.

A cozinha, que pode ser vista de todo salão, abriga uma churrasqueira argentina de onde saem os grelhados. Há também o forno à lenha no qual serão feitos os deliciosos pães do couvert.

Alta Gastronomia – Clandestino

Precisamente no dia 12 de agosto de 2010, Bel e Cristiano inauguraram um projeto exclusivo: menus-degustação desenvolvidos com ousadia e criatividade. “Pretendemos proporcionar experiências gastronômicas únicas”, diz Bel.

Trata-se do Clandestino, salão localizado no primeiro andar do restaurante para no máximo 15 pessoas, que funciona às quintas-feiras, no horário do jantar, sempre com reservas. A escolha do nome é a oficialização de pequenos eventos que a cozinheira já realizava em casa ou na residência de amigos. “Adoro receber! Cuidar do menu, das compras, das flores, passando pelo preparo de tudo e, por fim, a reunião de pessoas em torno da mesa. Realizava os jantares na minha casa com freqüência, e os chamava de Clandestino”, conta Bel Coelho sobre a inspiração para a criação do espaço diferenciado.

Da cozinha exclusiva, totalmente equipada pela marca Kitchenaid, saem pratos autorais da chef, que acompanha de perto todo o serviço. “No Clandestino tenho o espaço ideal para realizar meus menus-degustação e oferecer aos comensais características mais criativas e sofisticadas da minha experiência como chef.”

O restaurante Dui oferece almoço de terça a sexta-feira, das 12 horas às 15 horas. Além das opções do cardápio fixo da casa, a premiada chef Bel Coelho criou sugestões de pratos do dia (R$ 45), que incluem sempre uma entradinha (sopa ou salada verde, com molho à escolha – mostarda e mel ou iogurte e ervas).

Para cada dia da semana, há uma receita diferente. Às terças, a chef prepara o Frango Orgânico Grelhado com Risoto de Limão e Nirá; às quartas, o Cassoulet de Frutos do Mar; para as quintas, Bel reservou o Picadinho com Ovo em Baixa Temperatura; a semana se encerra com a Casareccia (tipo de massa) ao Molho de Bacalhau, Tomate e Azeitonas Pretas, sugestão das sextas-feiras.

Menu de histórias

O cardápio é fruto das influências da própria vivência da chef e toda a sua bagagem gastronômica. Traz elementos ibéricos, fruto de sua vida na Espanha e Portugal; a delicadeza asiática; toques franceses e italianos e, como não poderia faltar, a brasilidade da qual Bel não abre mão.

Para começar, por exemplo, há entradas como o Tartare de Atum e Especiarias Orientais. Entre as “Pastas e Arrozes”, Bel oferece delícias como o Ravióli de queijo de cabra e beterraba na manteiga de limão siciliano e macadâmias ou Arroz de Paio, Couve e Favas Verdes.

A Anchova grelhada com purêde batatas, berinjelas assadas na lenha e molho de melaço de romã é inspirada no estilo de cozinhar peixes que Bel viu em Portugal, enquanto o Medalhão de filé mignon ao molho de Vinho do Porto com batatas ao murro e sal de ervas remete à ideia de comfort food, que a chef tanto aprecia.

As sobremesas também não poderiam deixar de trazer a assinatura leve e delicada da cozinheira, como os Figos frescos assados com pistache caramelizado e creme de baunilha. Há também refrescantes sorvetes, com sabores exclusivos, como os de Jasmim, Turrón, Doce de Banana e Capuccino, entre outros.

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