Conheça a história de “Vila Operária”, samba goiano que completa 50 anos

<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/Renato.jpg" alt="Renato Castelo lan&ccedil;ou seu primeiro CD ano passado e seu segundo livro de poesias &ldquo;Poemas de Outubro&quot; (Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o)" width="870" height="879" /></p>
<p style="text-align: justify;">Goi&acirc;nia, 1968. Quase todos os dias, o m&uacute;sico Renato Castelo, morador do Setor Campinas, subia no &ocirc;nibus em dire&ccedil;&atilde;o ao Setor Central. No cora&ccedil;&atilde;o de Goi&acirc;nia, a banda dos estudantes secundaristas do Col&eacute;gio Ateneu Dom Bosco, Os Zambis &ndash; com Guliver Le&atilde;o e Cesar Gordo nas guitarras, Jaime C&acirc;mara Jr no contrabaixo, Luiz Fernando Rocha Lima na bateria e Ant&ocirc;nio Siqueira no pistom &ndash; aguardava Castelo, seu saxofonista, para ensaiar.&nbsp;</p>
<p style="text-align: justify;">Em uma dessas viagens para o centro da cidade, Castelo passou pela Rua do Com&eacute;rcio na Vila Oper&aacute;ria, bairro hoje rebatizado como Setor Centro-Oeste. Da janela do &ocirc;nibus, ele viu o Bar Liberdade.</p>
<p style="text-align: justify;">Era ir&ocirc;nico – no quarto ano do pa&iacute;s sob a ditadura militar, em plena Vila Oper&aacute;ria,&nbsp;um bar com aquela palavra no nome. Justo ela, que&nbsp;j&aacute; n&atilde;o se via mais presente na vida dos cidad&atilde;os brasileiros da &eacute;poca.</p>
<p style="text-align: justify;">Renato considerou o nome do bar sagrado. Escreveu a letra de uma can&ccedil;&atilde;o e Siqueira, seu companheiro de banda,&nbsp;que na &eacute;poca tamb&eacute;m se dedicava ao viol&atilde;o al&eacute;m do pistom, fez a m&uacute;sica. Nasceu o samba &ldquo;Vila Oper&aacute;ria&rdquo;, umas das centenas de composi&ccedil;&otilde;es em parceria dos dois m&uacute;sicos.</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/Antonio%20Siqueira.jpg" alt="Ant&ocirc;nio Siqueira hoje &eacute; um conhecido psiquiatra em Bras&iacute;lia (Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o)" width="869" height="1037" /></p>
<p style="text-align: justify;">A can&ccedil;&atilde;o de protesto – com a interpreta&ccedil;&atilde;o do m&uacute;sico Luis Antonio, mais conhecido como Pau de Arara &ndash; consagrou o samba em sua participa&ccedil;&atilde;o no Primeiro Festival Universit&aacute;rio de MPB, realizado no Cine Goi&acirc;nia em 1969. A m&uacute;sica foi a mais ovacionada de todas e ganhou o segundo lugar.</p>
<p style="text-align: justify;">&ldquo;N&atilde;o me lembro de nada igual &agrave;quela noite. Mesmo em segundo lugar, ela ficou no imagin&aacute;rio da cidade. &Eacute; uma letra muito simples, f&aacute;cil de guardar e me surpreendo quando come&ccedil;o a cantar e algu&eacute;m continua&rdquo;, relembra Renato.</p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/Luiz%20Antonio.jpg" alt="Luiz Antonio foi quem interpretou o samba no festival Comunica Som, em 1969 (Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o)" width="870" height="997" /></p>
<p style="text-align: justify;">Mesmo com a vig&ecirc;ncia do Ato Institucional n&ordm;5 (AI-5) na &eacute;poca, que exigia a pr&eacute;via an&aacute;lise de letras de m&uacute;sicas antes de sua divulga&ccedil;&atilde;o e lan&ccedil;amento, os m&uacute;sicos sempre davam um jeito de, com ou sem autoriza&ccedil;&atilde;o, cantar o samba.</p>
<p style="text-align: justify;">&ldquo;Vila Oper&aacute;ria, de acordo com a pesquisa feita pelo colecionador e m&uacute;sico Wander Arantes, j&aacute; foi gravada pelo menos onze vezes. Algumas das vers&otilde;es – como a do C&iacute;cero Cavalcanti, que j&aacute; nos deixou – est&atilde;o no Youtube, com a singularidade pessoal de sua interpreta&ccedil;&atilde;o, o que nos honra muito. Cesinha Canedo deixou num <em>tape</em> a sua vers&atilde;o que nunca foi para o p&uacute;blico", comenta Renato. "Algumas das grava&ccedil;&otilde;es eu n&atilde;o conhecia. Outras est&atilde;o consagradas, como a bela interpreta&ccedil;&atilde;o do Marcelo Barra, que deu o nome Vila Oper&aacute;ria a um dos seus CDs. O Siqueira gravou e eu mesmo acabo de gravar minha interpreta&ccedil;&atilde;o com arranjo do Boror&oacute;&rdquo;.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Comemora&ccedil;&atilde;o</strong></p>
<p style="text-align: justify;">Para celebrar os 50 anos do samba, Wander Arantes recebe Renato e Ant&ocirc;nio nesta sexta-feira (21), para um show especial no food park Serendipity Comer e Beber. A apresenta&ccedil;&atilde;o tem in&iacute;cio a partir das 19h e tamb&eacute;m contar&aacute; com a participa&ccedil;&atilde;o de Luiz Antonio, que interpretou a can&ccedil;&atilde;o no festival.</p>
<p style="text-align: justify;">Al&eacute;m do show, os m&uacute;sicos tamb&eacute;m aproveitam aproveitam para lan&ccedil;ar novo CD. Os convidados ter&atilde;o &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o comidas variadas, vendidas no espa&ccedil;o e podem levar as suas bebidas. N&atilde;o se paga rolha pelo vinho.&nbsp;&nbsp;</p>
<p style="text-align: justify;"><iframe src="//www.youtube.com/embed/ReraKHPhh9I" width="757" height="623"></iframe></p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Anote!<br /></strong><strong>Show de comemora&ccedil;&atilde;o dos 50 anos do samba da &ldquo;Vila Oper&aacute;ria&rdquo;<br /></strong><strong>Data:</strong> 21/09/2018<br /><strong>Hor&aacute;rio:</strong> 19h<br /><strong>Local:</strong> Serendipity Comer e Beber (Food Park)<br /><strong>Endere&ccedil;o:</strong> Avenida T-3, Q. 77, L. 28 a 30, Setor Bueno (entre Av. T-8 e Av. T-9)<br /><strong>Contato:</strong> 99973-1118</p>

Deixe um comentário