<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/33775647034_e2160194d7_k.jpg" alt="(Foto: Divulgação)" width="800" height="533" /></p>
<p style="text-align: justify;">Deborah Colker faz em Cão sem plumas, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. Em Goiânia, poderá ser visto nos dias 9 e 10 de Agosto de 2017, às 21h, no Teatro Goiânia.</p>
<p style="text-align: justify;">Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.</p>
<p style="text-align: justify;">A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife.</p>
<p style="text-align: justify;">Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.</p>
<p style="text-align: justify;">Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Anote!<br /></strong><strong>Cão sem Plumas <br /></strong><strong>Quando:</strong> Quarta-feira e Quinta-Feira, 09 e 10 de Agosto de 2017, às 21h<br /><strong>Onde:</strong> Teatro Goiânia – Av. Tocantins esq. c/ Rua 23, nº 252, Centro, Goiânia – GO<br /><strong>Quanto:</strong> Plateia I R$ 120,00 inteira / R$ 60,00 meia-entrada<br /> Plateia II R$ 100,00 inteira / R$ 50,00 meia-entrada<br /><em>Consulte Descontos para Cartão Petrobras, Força de Trabalho, Estudantes, Idosos e Assinantes O Popular. <br /></em><strong>Onde comprar:</strong> <a href="http://www.compreingressos.com" target="_blank">Online</a>, Call Center: 4052-0016, DrogaVet: 3928-1770, Komiketo Sanduicheria – Av. T-4, 6000 – Serrinha, Goiânia, Submarino Festas: 3261-1775</p>