Anita Malfatti é tema de exposição no MAM

<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/Uma%20estudante%2C%20Anita%20Malfatti%2C%20%201916.jpg" alt="Uma estudante, Anita Malfatti, 1916" width="600" height="769" /></p>
<p style="text-align: justify;">O&nbsp;Museu de Arte&nbsp;Moderna de S&atilde;o Paulo&nbsp;abre nesta ter&ccedil;a-feira (07/02) a exposi&ccedil;&atilde;o&nbsp;Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna, apresentando cerca de 70 obras representativas da trajet&oacute;ria de um dos mais importantes nomes da arte brasileira do s&eacute;culo XX.<br />Para retratar a vasta produ&ccedil;&atilde;o da pintora, desenhista, gravadora e professora Anita Malfatti a curadora Regina Teixeira de Barros concebeu a mostra como uma homenagem ao centen&aacute;rio da exposi&ccedil;&atilde;o inaugural do modernismo brasileiro, uma individual de Anita aberta em dezembro de 1917, e que recebeu severa cr&iacute;tica do conservador Monteiro Lobato na ocasi&atilde;o. A mostra do MAM exibe desenhos e pinturas que ilustram retratos, paisagens e nus de tr&ecirc;s fases distintas da trajet&oacute;ria art&iacute;stica, expostas ao lado de fotografias e documentos da &eacute;poca como cartas, convites e cat&aacute;logos. A exposi&ccedil;&atilde;o fica em cartaz at&eacute; 30 de abril.<br />A exposi&ccedil;&atilde;o tem como finalidade apresentar um recorte da trajet&oacute;ria de Anita, dividindo em tr&ecirc;s momentos: os anos iniciais que a consagraram como o &ldquo;estopim do modernismo brasileiro&rdquo;; a &eacute;poca de estudos em Paris e a produ&ccedil;&atilde;o naturalista; e, por fim, as pinturas com temas populares.<br />A exposi&ccedil;&atilde;o inicia com um conjunto de trabalhos realizados na Alemanha, seguido de retratos e paisagens expressionistas exibidos em 1917, que causaram grande impacto no, at&eacute; ent&atilde;o, tradicional meio paulistano, entre as quais os &oacute;leos sobre tela&nbsp;<em>O japon&ecirc;s</em>&nbsp;(1915/16),&nbsp;<em>Uma estudante</em>&nbsp;(1915/16),&nbsp;<em>O farol&nbsp;</em>(1915) e&nbsp;<em>Paisagem (amarela) Monhegan&nbsp;</em>(1915). Desse per&iacute;odo tamb&eacute;m consta um conjunto de desenhos a carv&atilde;o, composto de nus masculinos e retratos.<br />Entre a primeira e a segunda parte da mostra, sobressai o interesse pela tem&aacute;tica nacional, onde figuram trabalhos famosos como&nbsp;<em>Tropical</em>&nbsp;(c.1916), O<em>&nbsp;homem de sete cores</em>&nbsp;(1915/16) e&nbsp;<em>Figura feminina</em>&nbsp;(1921/22). Al&eacute;m desses, constam obras realizadas a partir do conv&iacute;vio com os modernistas como o pastel&nbsp;<em>Retrato de Tarsila</em>&nbsp;(1919/20), a pintura&nbsp;<em>As margaridas de M&aacute;rio</em>&nbsp;(1922) e o c&eacute;lebre desenho&nbsp;<em>O grupo dos cinco&nbsp;</em>(1922), que retrata os modernistas Tarsila do Amaral, Mario de Andrade, Menotti del Picchia,&nbsp;Oswald de Andrade e a pr&oacute;pria Anita Malfatti.<br />No segundo nicho uma fase mais naturalista em que s&atilde;o produzidas paisagens europeias como nas pinturas a &oacute;leo&nbsp;<em>Porto de M&ocirc;naco</em>&nbsp;(c. 1925) e&nbsp;<em>Paisagem de Pirineus, Cauterets</em>&nbsp;(1926), e nas aquarelas&nbsp;<em>Veneza, Canal</em>&nbsp;(c.1924),&nbsp;<em>Vista do Fort Antoine em M&ocirc;naco</em>&nbsp;(c. 1925), somados a desenhos de nus feitos com linhas finas e suaves na d&eacute;cada de 1920. S&atilde;o desse per&iacute;odo tamb&eacute;m pinturas singulares como&nbsp;<em>Interior de M&ocirc;naco&nbsp;</em>(c. 1925) e&nbsp;<em>Chanson de Montmartre&nbsp;</em>(1926).<br />Para finalizar, a terceira parte engloba trabalhos realizados nos anos 1930-40, &eacute;poca em que a artista se dedicou a retratar familiares, amigos e membros da elite, al&eacute;m de temas populares. Destacam-se as obras&nbsp;<em>Liliana Maria</em>&nbsp;(1935-1937) e&nbsp;<em>Retrato de A.M.G.</em>&nbsp;(c. 1933), em que figuram sua sobrinha e o amigo Ant&ocirc;nio Marino Gouveia, ambas com tratamento naturalista. Nessa fase, apresentam-se ainda paisagens interioranas e tem&aacute;ticas populares como em&nbsp;<em>Trenzinho</em>&nbsp;(d&eacute;c. 1940),&nbsp;<em>O Samba</em>&nbsp;(c. 1945),&nbsp;<em>Na porta da venda&nbsp;</em>(d&eacute;c. 1940-50). A mostra se encerra com pinturas aparentemente&nbsp;<em>naif&nbsp;</em>e reveladores da habitual ousadia da artista, em que utiliza cores fortes para criar espa&ccedil;os mais achatados como em&nbsp;<em>Composi&ccedil;&atilde;o&nbsp;</em>(c.1955) e&nbsp;<em>Vida na ro&ccedil;a</em>&nbsp;(c.1956).</p>
<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/Grupo%20dos%20Cinco%2C%20Anita%20Malfatti%2C%201922.jpg" alt="Grupo dos Cinco, Anita Malfatti, 1922" width="792" height="572" /></p>
<p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" src="https://revistazelo.com.br/public/backend/midias/tinymce/Cultura/Tropical%2C%20Anita%20Malfatti%2C%201917.jpg" alt="Tropical, Anita Malfatti, 1917" width="800" height="459" /></p>
<p><strong>Anote!<br /> Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna</strong><br /> Curadoria: Regina Teixeira de Barros<br /> Abertura: 7 de fevereiro de 2017 (ter&ccedil;a-feira), &agrave;s 20h<br /> Visita&ccedil;&atilde;o: at&eacute; 30 de abril de 2017<br /> Entrada: R$ 6,00 &ndash; gratuita aos s&aacute;bados<br /> Local: Museu de Arte Moderna de S&atilde;o Paulo &ndash; Grande Sala<br /> Endere&ccedil;o: Av. Pedro &Aacute;lvares Cabral, s/n&ordm; &ndash; Parque Ibirapuera (Port&otilde;es pr&oacute;ximos: 2 e 3)<br /> Hor&aacute;rios: ter&ccedil;a a domingo, das 10h &agrave;s 17h30 (com perman&ecirc;ncia at&eacute; as 18h)<br /> Mais informa&ccedil;&otilde;es: (11) 5085-1318 ou pelo email [email protected]<br /> Site do MAM: &nbsp;<a href="http://www.mam.org.br/">www.mam.org.br<br /> </a></p>

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