Michel Rike apresenta Solenne, projeto da Zien Arquitetura para a Consciente Construtora em Goiânia

Primeiro trabalho do arquiteto na capital goiana combina design contemporâneo, referências ao Cerrado e integração com a paisagem do Parque Areião
Consciente Zien Solenne
Michel Rike, arquiteto e fundador da Zien Arquitetura, assina pela primeira vez um projeto em Goiânia, o residencial Solenne, desenvolvido em parceria com a Consciente Construtora (Foto: Luke Garcia)

por Lucas Pereira

Os olhos do Brasil estão voltados para Goiânia. Há três anos consecutivos como terceiro maior mercado imobiliário do país, de acordo com a Brain Inteligência Estratégica, a capital goiana tem atraído as maiores grifes especializadas no alto padrão. Fato que atesta isso é a chegada da Zien Arquitetura, escritório responsável pelo maior símbolo de luxo imobiliário da atualidade: o Tom Delfim Moreira, empreendimento com o metro quadrado mais valorizado do Brasil, no Rio de Janeiro. A grife assina o projeto do mais novo residencial da Consciente Construtora em Goiânia, o Solenne. E a Zelo conversou com exclusividade com o arquiteto e fundador da Zien, Michel Rike, sobre diferenciais do projeto, desafios e oportunidades no mercado goiano de luxo.

O executivo afirma que o segmento está em expansão em Goiânia. “Há um nível de desenvolvimento de produção bastante intenso. Por isso, ficamos muito felizes com o convite da Consciente. É a primeira vez que assinamos um projeto na cidade, que representa muito a potência do Centro-Oeste. E é muito bacana fazer isso com uma empresa tão relevante e com a qual temos muitas coisas em comum, entre elas o compromisso com a qualidade, a busca pelo novo, por trazer valor, novas ideias e soluções inovadoras”, diz.

Ele revela que a busca primordial em cada projeto é por autenticidade. “Tentamos entender o futuro morador e como podemos entregar o que ele procura. O Solenne tem em comum com o Tom e o Art Boulevard, por exemplo, que são projetos de referência em São Paulo e no Rio, a importância da relação do projeto com a cidade, com o entorno. É um cuidado que temos de fazer com que ele tenha significado não só para quem vai morar ali, mas para quem vai perceber o prédio na cidade. No Tom, temos um horizonte para o mar, aqui temos uma vista livre para o Parque Areião. Nós buscamos valorizar aquilo que o terreno tem como atributo”, explica.

Diferenciais arquitetônicos e natureza local

Solenne-Consciente
Construtora goiana assina novo projeto de altíssimo padrão com um dos nomes mais prestigiados da arquitetura contemporânea (Foto: Divulgação)

Segundo ele, o Solenne parte de um movimento de olhar para dentro do Brasil, para a pluralidade da nossa cultura e dos nossos biomas. “Ele se baseia em referências da cultura goiana, na valorização do Cerrado e na intenção de traduzir a materialidade do bioma, com seus tons terrosos, sua luz natural e o contraste com as sombras, assim como a relação com a água. São coisas tão ricas que ao olhar para o projeto, podemos perceber que ele realmente se diferencia em relação aos empreendimentos que já desenvolvemos em outros lugares. É muito legal ver um projeto que foi pensado para estar no lugar onde está”, comenta.

O arquiteto revela que cada potencial do terreno foi aproveitado ao máximo. “Tivemos a felicidade de ter uma geometria rica em um terreno de porte. Pudemos ocupar o térreo com uma vegetação densa. Então, a torre nasce desse jardim. Por isso, era muito importante que o paisagismo não ficasse restrito, que ele também escalasse a torre e pudesse, através das suas floreiras, levar essa relação com o verde para os apartamentos, seus terraços e suas janelas.”

Ele chama a atenção para a relação com a água presente em um espelho d’água que invade o lobby do edifício. “Em um clima quente como o de Goiânia, quisemos trazer frescor. Também é possível ver as piscinas dos terraços, se revelando de alguma forma. E, ainda, os brises que inserimos nos ambientes ao longo da torre ajudam a filtrar a intensidade da luz da cidade. Pode-se atenuá-la e fazer com que os ambientes sejam também mais acolhedores. Nós exploramos bastante esse recurso na fachada para potenciar o jogo de sombras. Isso acontece também nas áreas comuns, no térreo e nas áreas de lazer”, caracteriza.

Conceito de luxo e bem-viver

Para Michel, luxo é uma palavra de vários contextos. “O luxo já esteve relacionado a opulência e poder. Hoje, ele se manifesta de uma maneira mais frugal e silenciosa. Seu significado muda ao longo do tempo. Nós buscamos desenvolver um projeto com autenticidade e significado. E aí, o luxo se traduz na atenção com os detalhes, desde a concepção da fachada, no detalhamento construtivo, na proporção, na escolha dos materiais. Tudo isso demonstra cuidado e, portanto, passa a ter valor”, conjectura. Rike diz que a sua ideia de luxo parte dos conceitos de perenidade, atemporalidade e durabilidade, de uma ideia de longevidade livre de modismos. “O projeto tem que permanecer através do tempo. A gente tem que olhar para ele daqui a cinco, 10, 20 anos e vê-lo envelhecer bem. Isso, para mim, é uma questão fundamental”, enfatiza.

O profissional diz que torce para que o público goiano perceba a preocupação investida no projeto sobre os conceitos de bem-morar e bem-viver. “A vida de hoje é uma vida atribulada. É importante viver bem o tempo que se tem em casa. No fundo, o que queremos promover é que essa arquitetura traga um impacto positivo na vida das pessoas, que elas possam desfrutar bem e melhorar a sua qualidade de vida”, finaliza.

Consciente Zien Solenne
(Foto: Luke Garcia)

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