Pets também sofrem com transtornos mentais e emocionais

Mudanças de comportamentos dos animais pode indicar ansiedade, medo/fobia, dentre outros problemas
Pets também sofrem com transtornos mentais e emocionais
Manter uma rotina equilibrada é a chave para cuidar da saúde de seu pet. (Foto: Reprodução/ Banco de Imagens do Canva)

Os transtornos mentais e emocionais não são problemas exclusivos aos humanos. Os pets também estão sujeitos a desenvolver ansiedade, reatividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites.

As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças de casa ou alterações na rotina, até mesmo à perda de um ente da família. A médica veterinária cita ainda a senilidade, o processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis.

“São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.

Como ajudar

Segundo a médica veterinária Dani Graziani, os animais de estimação carregam muitas emoções, e quando mal compreendidas ou desrespeitadas, podem causar a mudança de comportamento. “É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta Dani Graziani.

De acordo com as instruções da médica-veterinária e consultora de uma rede de farmácias de manipulação veterinária, Farah de Andrade, os pets precisam correr, caminhar e explorar ambientes, uma vez que os exercícios físicos impactam diretamente não apenas em sua saúde física, como também ajudam na melhora da saúde mental. “Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, explica Farah. 

Mas tudo isso deve ser feito com muita cautela. A veterinária explica que o ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele. Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.

Para todas as dicas funcionarem, é preciso conhecer bem o seu animal, entender, e respeitar, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo.

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