A decoração de um quarto vai muito além da escolha do tipo de cama e do enxoval. Com base em alguns conceitos básicos da iluminação é possível transformar dormitórios em ambientes mais acolhedores, com estímulos que privilegiam a sensação de conforto. Para isso, é importante ter em mente quem vai utilizar o espaço e prepará-lo de acordo com suas necessidades específicas.
Bebês – Para iluminar a vida de quem acabou de chegar ao mundo, o mais indicado é a utilização de uma luz suave, com temperatura de cor baixa, próxima aos 2.700 K. Além disso, vale a aplicação de sistemas de dimmerização, o que dá aos pais uma maior possibilidade de controlar a quantidade de luz no ambiente. Em termos práticos, há dois pontos que não podem ser esquecidos: o local da troca de roupas do bebê e onde a mãe amamenta seu filho. Neste projeto, também vale criar uma alternativa com foco em segurança, prevendo um ponto de luz que possa ficar acesso toda a noite sem prejudicar o sono do bebê.
Crianças – Nesse caso, estamos falando de três tipos de iluminação: geral; de apoio, na cabeceira da cama; e de destaque, para os brinquedos. Por isso, é preferível lançar mão de pendentes e luminárias decorativas, com formas diferentes e que tenham a ver com a personalidade da criança. Outro ponto importante é que o projeto deve ser pensado para o longo prazo, para que seja possível transformá-lo de acordo com o desenvolvimento do usuário. Em termos de temperatura de cor, aconselho soluções dinâmicas, com lâmpadas que possam oferecer algo entre 2.700 e 3.000 K, para os momentos de descanso; e outras na casa dos 4.000 K, para as horas de lazer.
Adolescentes – Para os jovens, a luz deve ser geral, difusa e uniforme. Sendo assim, podemos utilizar alternativas como as tendas com tecido acetinado lavável, que geram uma boa quantidade de luz e, consequentemente, são capazes de favorecer o estudo e a leitura. Caso existam prateleiras e estantes, é interessante utilizar um sistema de iluminação assimétrico, evitando a criação de reflexos em áreas verticais e aumentando o conforto visual.
Casal – Flexibilidade. Essa é a palavra-chave para descrever a iluminação dos quartos de casal. Por isso, a dica é usar lâmpadas em diferentes pontos do ambiente para criar um bom efeito de difusão e controlar o ofuscamento. Não deixe de pensar em soluções para a cabeceira e criado-mudo. Dimmer e LEDs coloridos podem ser aplicados para a criação de atmosferas mais românticas. Sancas também são bem-vindas.
Closet – Quando presente, esse espaço deve receber atenção especial. Como estamos falando de roupa e acessórios, é importante que a iluminação ofereça um bom índice de reprodução de cores a fim de facilitar a escolha das peças. Uma segunda dica é aplicar sistemas de luz integrados ou luminárias orientáveis no teto, com espaçamento entre elas em torno de 0,8m e 1,2m. Não use luz pontual, com lâmpadas dicróicas ou PAR no eixo das portas dos armários, já que isso vai contra a ideia de uma iluminação homogênea, a mais indicada para os closets.
Cláudia Capello Antonelli é formada em Arquitetura e Urbanismo com especialização em Marketing e é gerente de Produto da Osram