Pesquisa revela nove linguagens arquitetônicas presentes em residências de Goiânia entre 1930 e 1970  

Resultado do estudo, o livro “Arquitetura Residencial em Goiânia - Décadas de 1930 a 1970” será lançado na sede do Iphan-GO, na próxima sexta-feira (20/1)
linguagens arquitetônicas Goiânia
Antiga Estação Ferroviária, em Goiânia (Foto: Secult)

Visando inventariar as linguagens arquitetônicas presentes em residenciais goianienses, o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura, lança no dia 20 de janeiro o livro “Arquitetura Residencial em Goiânia – Décadas de 1930 a 1970”, fruto de um estudo realizado por pesquisadores, arquitetos, geógrafos e acadêmicos.

O lançamento do inventário será na sede do Iphan em Goiás, localizada na Praça Pedro Ludovico, em Goiânia (GO), a partir das 14h. Na ocasião, também será feita a distribuição gratuita do livro.

A cidade de Goiânia já é conhecida pelo tombamento de seu Conjunto Arquitetônico Art Déco e Urbanístico, que completou 19 anos no último mês. Foi planejada e construída para ser a capital do estado de Goiás, por iniciativa do político goiano Pedro Ludovico Teixeira. Foi projetada pelo urbanista Attilio Corrêa Lima e pelo engenheiro Armando Augusto de Godoy, e impressiona pela racionalidade de seu traçado e pelas construções em art déco.

Apesar da linguagem art déco ser predominante em prédios públicos localizados no centro da cidade, o mesmo não ocorre em residências. O inventário revelou que, além da art déco, há outras linguagens arquitetônicas que fazem parte da história da arquitetura residencial de Goiânia.

O superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral, explica que o lançamento do livro “Arquitetura Residencial em Goiânia – Décadas de 1930 a 1970”, só foi possível por meio da parceria entre o Instituto e a Universidade Federal de Goiás (UFG).

A coordenadora da pesquisa pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Eline Mora, pontua que o inventário foca na identificação desse patrimônio. “A modo de contribuir para futuros estudos e intervenções em prol de sua preservação e valorização”, afirma.

A coordenadora da pesquisa pelo Iphan-GO, Dafne Marques de Mendonça, explica a importância da pesquisa para a preservação posterior. “Trata-se de informações que podem fomentar e contribuir com políticas públicas ou estratégias de preservação atreladas aos tombamentos já existentes, especialmente quando em parceria com o poder público municipal”, pontua.

Pesquisa

A finalidade do inventário é oferecer subsídios e instrumentos para a identificação, reconhecimento e proteção dos bens do município. “O inventário não significa necessariamente o tombamento das residências”, reforça Alysson Cabral.

A intenção da pesquisa foi também ampliar o olhar para as construções da cidade, para além do art déco, identificando outras oito linguagens arquitetônicas: casa-tipo, eclético sintético, eclético tipológico missões, eclético tipológico neocolonial, eclético sintético tipológico normando, modernista, modernista de transição e brutalista, conta o superintendente.

“A metodologia adotada para a construção do inventário é o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG) do Iphan, juntamente com a experiência de outros inventários da Instituição, a fim de estabelecer um sistema que vai desde o reconhecimento até a gestão dos bens”, explica Dafne. Conforme a coordenadora da pesquisa pelo Iphan-GO, ele é dividido em três Módulos: M1 – Conhecimento; M2 – Análise e Gestão; e M3 – Cadastro. Para este inventário em específico foram utilizados os Módulos 1 e 3.

Durante os dois anos de estudo, entre 2015 e 2016, foram identificadas 339 residências, dentre elas 25 conjuntos que variam quanto ao estado de conservação, nos setores Central e Sul.  “Esta é uma pesquisa inédita que faz um estudo minucioso das residências históricas da capital, no período das décadas de 30 a 70”, pontua Cabral.

“Este material irá disponibilizar um maior conhecimento para aqueles que no futuro desejarem estudar sobre a capital goiana”, finaliza o superintendente do Iphan-GO.

Programação

  • 14h – 14h30 – Abertura com falas do Iphan-GO, da UFG e do MP/GO
  • 14h30 – 15h30 – Dafne Marques Mendonça
  • 15h30 – 16h30 – Eline Maria Mora Pereira Caixeta
  • 16h30 – 17h30 – Márcia Guerrante Tavares
  • 17h30 – 18h – Espaço para perguntas/comentários e fala de encerramento
  • 18h – Coffee break e distribuição dos livros

Serviço: Lançamento do livro “Arquitetura Residencial em Goiânia – Décadas de 1930 a 1970”

Quando: 20/01, a partir das 14h
Onde: Iphan Goiás – Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 210, Goiânia – GO

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