O cultivo de plantas é sempre uma atividade muito bem-vinda pelos diversos benefícios que a proximidade com a natureza traz. Mesmo em apartamentos menores e com menor incidência de sol é possível contar com a presença de espécies que podem viver nesses espaços. O segredo está em escolher aquelas que se adaptam melhor as condições inerentes a morada.
Em vista disso, as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, à frente do escritório Dantas & Passos Arquitetura, procuram desmistificar algumas dessas inseguranças e, principalmente, dar dicas de quais espécies são melhores para cada morador. Confira!
1. “Não tenho espaço em casa”
O pouco espaço pode ser o primeiro desafio que muitos podem colocar como ponto decisivo para não ter plantas em casa. De fato, algumas necessitam de uma área mais confortável para o seu crescimento, bem como espaço, luz e ventilação. “Morar em apartamento pode ser um limitador, mas não significa que precisamos abrir mão da presença delas. Basta procurar a que melhor se encaixará nas condições do imóvel e estilo de vida do morador”, diz Paula Passos.
As arquitetas sugerem alguns tipos de plantas que não ocupam muito espaço, são essas:
Pau d’água – planta nativa de toda a África tropical, é mais rústica, não precisa ficar exposta direto ao sol e também deve ser regada 2 ou 3 vezes por semana;
Camedórea – uma espécie de palmeira pequena que não chega a passar de 2 metros de altura e funciona bem plantada em vasos, . mas precisa regar frequentemente. Deve ficar longe da luz do sol direta;
Bromélias – nativas do Brasil, são verdes com tons vermelhos complementares e contrastantes. Devem ser cultivada com luminosidade indireta, pois o sol queima suas folhas;
Filodendro – ou Imbé, como também é conhecida, é facilmente reconhecida pelas suas folhas em formato de coração. Deve ser mantida em ambiente claro, mas longe da luz do sol, de forma direta, e deve ser irrigada sempre que tiver seu solo seco.
Bambu da sorte – nativa da África Central, não gosta muito de luz e adora umidade, ficando muito bem em banheiros. Precisa ser regada constantemente e, reza a lenda, traz boas energias.
2. “Não tenho muito tempo para cuidar”
Esse é outro argumento muito levantado devido a correria do dia a dia. Mas as arquitetas lembram que cuidar de plantas não é nenhum bicho de sete cabeças e nomeiam outras espécies de simples cuidado.
Lança ou espada de São Jorge – com folhas bem verticais, vai bem em cômodos internos e pode ser plantada em vasos. Bastante resistente, precisa de pouca água e, segundo a crença popular, são protetoras e não devem ser posicionadas em cantos;
Mini cactos – clássicos em residências sem crianças pequenas, por conta dos espinhos que podem machucar. Não precisam nem de muita água e nem de muito sol: sempre que a terra estiver seca deve ser regada;
Violetas –normalmente plantada em pequenos vasos, demanda água 2 ou 3 vezes por semana, gostam da luz do sol de forma indireta e oferecem variadas cores;
Begônias – espécies tropicais plantadas em vasos, são coloridas, trazem vida à decoração e não pedem por muita luminosidade;
Rosa de pedra ou echeveria – Planta que parece uma flor, pode ser regada a cada duas semanas. O segredo é não jogar água diretamente em suas folhas.
3. “Pode planta nos quartos?”
Dormitórios são espaços de descanso e o refúgio depois de um dia agitado. Para as arquitetas, é sempre bom trazer a natureza para esse espaço também. “É bom pensar em plantas que ajudem a melhorar a qualidade de sono e uma opção interessante é a lavanda”, diz Danielle. Pequenas e populares pelas nuances de lilás, o perfume que a flor exala é extremamente marcante e possui um efeito calmante.
4. “Não sei como encaixar plantas na decoração”
“É preciso dar espaço às plantas nos apartamentos”, diz Danielle. Podem ser cultivadas em pequenos vasos decorativos integrados no conjunto da decoração, em mini hortas, jardins verticais, em nichos e até prateleiras. “Aqui a criatividade não possui limites, as plantas sempre trazem muito frescor a qualquer ambiente”, completa.
Para as arquitetas, de uma maneira geral, plantas com aromas são muito indicadas para a cozinha, assim como temperos aromáticos como manjericão, hortelã e pimentas. As flores são super bem-vindas para embelezar as salas, pois as cores chamam atenção nos ambientes. Uma indicação das profissionais é eleger flores para alegrar banheiros e lavabos, principalmente aquelas que gostam de umidade.
“Vasos são peças indispensáveis para criar um charme natural em casa”, aponta Paula. Mas ainda podem surgir dúvidas na hora de escolher em questão de espécies e tamanhos, então deve-se considerar alguns pontos:
- Evite usar vasos de tamanho maior ou menor que a proporção do ambiente onde ficarão: pense no conjunto do projeto;
- Vasos decorativos de piso numa sala ou em um hall não podem ficar dispostos de forma atrapalhem a circulação das pessoas;
- Cuidado ao usar vasos de plantas em nichos, estantes e racks, uma vez que o peso pode sobrecarregar a estrutura;
- Aposte em vasos coloridos para trazer vida aos espaços, desde que não conflite com as cores das flores: modelos assim ficam bem com folhagens verdes mais neutras;
- Vasos de vidro com folhagens verdes exuberantes preenchem os espaços de forma sempre atual e nunca saem de moda nunca.
Para montar arranjos decorativos, elas sugerem o emprego de flores naturais e as principais para esse uso, normalmente, são as flores ornamentais de corte que trazem alegria, sofisticação e muita leveza. Existem inúmeras flores ornamentais para vasos ou jarros, cada uma com suas próprias características de cor, formato, manutenção que vale a pesquisa para entender melhor sobre cada uma. Algumas espécies de flores de corte são o antúrio, calêndula, lisianthus, girassol e orquídeas. No geral, deve-se evitar flores com muito pólen nos projetos, pois costumam ser prejudiciais para pessoas com sensibilidade e alérgicas.