Home office inspira nova decoração residencial

Com as pessoas mais tempo dentro de casa, aumenta a busca por elementos que trazem conforto e aconchego no dia a dia

De uma hora para outra as pessoas se viram em uma situação de isolamento sem aviso prévio e passaram a repensar os ambientes para se adequarem ao novo momento. Foi preciso, por exemplo, criar espaço para sala de aula e escritório. A cozinha passou a ser mais usada, a ventilação e iluminação ganharam outro valor e elementos aconchegantes chegaram com tudo. O fato é que todo esse movimento acelerou um processo de ressignificação dos ambientes dentro de casa.

Era comum ter um escritório nos apartamentos em meados do século XIX, inclusive com uma das portas exclusivas para o hall de entrada para que, caso fosse necessário, tivesse a opção de circulação independente do resto da residência. Mas os anos foram passando e o antigo escritório deu lugar a outros cômodos ou, em residências maiores, ele até foi mantido apenas para acomodar os livros e objetos e não eram propriamente destinados ao trabalho.

De uns anos para cá o caminho já era inverso, as pessoas estavam voltando a trabalhar em casa e a pandemia acelerou este processo, o que era apenas tendência, virou realidade! E foi preciso recriar, não apenas espaços para escritórios, mas também para sala de aula. Os apartamentos com plantas versáteis saíram na frente, afinal, trabalhar de maneira improvisada por um período curto é possível, mas quando é preciso respeitar horários profissionais tudo muda de figura e passa a ser preciso investir em ambientes agradáveis para manter uma rotina produtiva.

Além dos escritórios

O arquiteto e urbanista Paulo Renato Alves, responsável pelo projeto Duo Sky Garden, explica um pouco mais sobre essas tendências. “Em função da pandemia nós percebemos algumas necessidades vitais que antes não eram dadas tanta importância, como a busca por uma casa arejada e ventilada”, diz ele.

Quando pensamos na quarentena existem outras questões. “Passando 24 horas dentro da sua casa você sente falta de ver uma planta, de passar a mão numa textura de pedra, de um revestimento amadeirado.”, aponta Paulo. “Todos esses elementos que trazem um pouco de nostalgia”, conclui ele.

De fato, outro comportamento muito forte foi a busca pelo verde das plantas nos ambientes internos. Elas já eram muito presentes nas decorações modernas, mas agora estão ainda mais valorizadas. A escolha das plantas pode funcionar como uma quebra na decoração ou apenas para trazer mais vida aos ambientes, mas o fato é que as pessoas voltaram a incorporar os vasos por todos os cômodos.

“As prateleiras logo na entrada da casa também passaram a compor os ambientes”, comenta o arquiteto sobre os hábitos que vieram em função da quarentena já que as entradas passaram a ser adaptadas para o ritual de descontaminação na entrada das residências. Em alguns casos são colocados até mesmo bancos de apoio e cabideiros próximos à porta para dar apoio ao álcool em gel, bolsas e trocas de calçados.

Plantas flexíveis

Com a casa mais cheia, os ambientes integrados passaram a ser mais procurados, principalmente da cozinha com o resto da casa. Isso facilita a interação das pessoas e assim ninguém precisa ficar isolado enquanto prepara ou organiza o cardápio da família. Algumas mudanças são simples, mas outras pedem residências com plantas versáteis para que possam ser feitas adequações.

Existe uma grande movimentação na procura de apartamentos um pouco maiores ou com uma planta flexível. “É importante observar o projeto de arquitetura, por exemplo, com a opção de quartos reversíveis, como no Duo Sky Garden, e o projeto de decoração que atenda às necessidades deste novo momento.”, comenta Paulo Renato.

As pessoas perceberam quanto pode ser prazeroso ficar em casa, o que despertou um sentimento na população de querer morar em um local maior ou a vontade de fazer algumas adequações para deixar o lar da forma que atenda toda a família e a arquitetura e a decoração trazem muitas soluções para esta nova realidade.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

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