Com uma vista privilegiada da metrópole, a arquiteta Débora Aguiar assina o ambiente Sky Lounge, na Mostra Black 2013, de 29 de maio a 9 de julho, no W Torre Plaza, em São Paulo, e se inspira na paisagem para levar adentro do seu ambiente um espaço de convivência, moderno e cosmopolita. Além da paisagem para ser deslumbrada, a arquiteta destaca no espaço de 100m², o seu expertise pelas artes, propondo uma exposição dentro da própria mostra, com obras de diversos artistas contemporâneos, como León Ferrari com a escultura 1978, exposta na Bienal, Geraldo Barros com as obras H7 e H1, premiadas na Bienal de Veneza e Documenta de Kassel (uma importante mostra de arte na Alemanha), também esculturas de Cássio Lázaro, Ana Holck, Alfredo Ceschiatti, Victor Brecheret, Ernesto De Fiori, Bruno Giorgi, Sonia Ebling, obras chinesas da Dinastia Ming, coleção de vasos Gallé, muranos, opalines e ainda livros raríssimos serão apenas algumas das grandes obras a serem exibidas.
A setorização do espaço prioriza de um lado a convivência, em uma atmosfera de bem estar e aconchego, com um amplo living-jardim, ambientado com confortáveis sofás e chaises e, de outro, a biblioteca, que fica disposta em um patamar mais elevado, com uma cuidadosa seleção de livros, objetos raros e coleções de arte. “Fizemos uma criteriosa curadoria de obras que partem do expressionismo e vão ao concretismo, em quadros, esculturas e gravuras, além de fotografias”, explica a arquiteta.
O espaço, contemporâneo e atemporal, também é multifuncional e teve uma seleção criteriosa de materiais de acabamento e iluminação, além de soluções de alta tecnologia em automação.
“Inicialmente a paisagem foi o ponto de partida do projeto. Porém, as coleções de arte foram se tornando protagonistas do conceito, além do design dos mobiliários, objetos e da composição dos variados painéis de madeira, aço, couro, limestone e dos jardins”, completa Débora.
A gama de tons nude e neutros é contrastada com toques pontuais de cores e texturas variadas. A área destinada à leitura possui iluminação indireta e direta que valorizam os objetos de arte e ao mesmo tempo, criam uma iluminação mais intimista. Já no living, nichos em acrílico evidenciam a coleção de arte mais preciosa do colecionador, com paredes realçadas por jardins e painéis de couro, com desenho exclusivo criado para o espaço.
A delimitação do ambiente, pensando na circulação dos visitantes, é feita com painéis de cipó e limestone. Dentre os revestimentos que se destacam no espaço está o de madeira lavada, seguido de madeira fossilizada, couro e quartzo branco.
Tecidos e tapetes feitos com materiais reciclados fazem parte de uma seleção de materiais ecologicamente corretos.
O projeto também conta com mobiliários assinados pela própria arquiteta e desenhados exclusivamente para o espaço. “Assinei a mesa de centro, os aparadores, a estante da biblioteca, os nichos, os painéis que dividem o ambiente da circulação de pessoas e os painéis de couro prensado, além das luminárias citadas, criadas exclusivamente para valorizar ainda mais a ambientação”, conclui.