Apartamentos ultracompactos ganham espaço em Goiânia com foco em mobilidade e rentabilidade

Novo empreendimento aposta em unidades a partir de 22m² para atender jovens e investidores de locação por temporada
Apartamentos ultracompactos
(Foto: Divulgação)

A relação das pessoas com as variadas formas de moradia tem passado por transformações nos últimos anos. Essas mudanças estão ligadas a novos hábitos de vida, comportamentos geracionais, diferentes composições familiares, ao fator econômico e à busca por mobilidade, de acordo com a estrutura das cidades. Ferramentas como Airbnb e Booking também têm alterado não apenas a forma de se hospedar, mas também de rentabilizar investimentos imobiliários. Nesse contexto, os imóveis ultracompactos têm se multiplicado nas grandes cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Aracaju.

A tendência dos apartamentos ultracompactos começou em São Paulo há mais de uma década. Antes, para adquirir imóveis com preços mais acessíveis, os consumidores precisavam buscar opções em áreas periféricas e, com isso, enfrentar longos deslocamentos diários até o trabalho. Foi pensando nesse público que um incorporador paulista passou a desenvolver empreendimentos com unidades de menos de 30 m². “Isso ampliou o acesso à moradia em regiões valorizadas da capital, especialmente para quem tem menor poder aquisitivo, além de contribuir para a mobilidade urbana ao reduzir o tempo gasto no trânsito”, explica Fernando Razuk, CEO da SOMOS Desenvolvimento Imobiliário. “Há anos os lançamentos desse tipo têm apresentado alta demanda em São Paulo”, completa.

Esses empreendimentos seguem o conceito de coliving – moradia compartilhada – em que as áreas comuns do edifício funcionam como extensão dos apartamentos. Assim, os projetos oferecem espaços como áreas gourmet temáticas, lavanderia coletiva, coworking, academia e ferramentaria compartilhada. “Hoje, não é preciso ter um apartamento grande para reunir amigos. O morador pode utilizar o espaço gourmet para receber confortavelmente. O mesmo vale para lavanderia, bicicletário e outros ambientes”, comenta Razuk.

De acordo com a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), os imóveis de até 50 m² somaram 4.324 unidades vendidas em Goiânia, em 2024, representando cerca de 40% do total de comercializações no ano. O número é 40% maior que o de 2023, que registrou 3.085 unidades.

Atenta à crescente procura, a SOMOS decidiu lançar o primeiro empreendimento de apartamentos ultracompactos em Goiânia. “Identificamos uma forte demanda na capital, mas até agora nenhum projeto ofereceu unidades com menos de 37 m² de área privativa. Com o sucesso desse modelo em Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, confiamos no seu potencial em Goiânia. Quando comparamos o perfil etário da cidade com o dessas capitais, percebemos uma população mais jovem, o que fortalece ainda mais o interesse por esse tipo de moradia”, afirma Razuk.

O novo projeto será lançado no Setor Bueno e contará com unidades a partir de 22 m², no formato studio, até apartamentos de três quartos com 68 m². As áreas privativas serão otimizadas, com espaços comuns projetados para o uso coletivo.
“Queremos atender principalmente o público jovem, que valoriza tempo. O Bueno oferece infraestrutura completa de serviços, comércio e lazer, o que favorece uma vida com mais mobilidade”, diz Razuk.

Segundo ele, a região sempre atraiu empreendimentos com unidades menores devido à proximidade com importantes escolas e à vocação para o aluguel de curta duração. “Goiânia é um polo educacional e, nos últimos anos, consolidou-se também como referência em saúde, atraindo pessoas de várias regiões para tratamentos médicos. A proximidade com hospitais como Einstein, CBCO, Hospital Neurológico e Unique amplia a demanda por hospedagens alternativas. Além disso, o turismo de negócios tem crescido junto com a economia local. Como o PIB de Goiás supera a média nacional, cresce também o fluxo de executivos e profissionais que precisam se hospedar na cidade”, avalia.

Investimento e aumenta rentabilidade

Plataformas como Airbnb e Booking têm impulsionado um novo modelo de investimento em imóveis: a locação por temporada ou short stay. “Essas ferramentas permitem aos proprietários alugarem por diárias, tornando seus apartamentos alternativas viáveis aos hotéis tradicionais, com retorno financeiro mais atrativo”, observa Razuk. Ele ressalta ainda que Goiânia se destaca como destino para tratamentos de saúde e estudos, gerando demanda contínua por esse tipo de hospedagem.

“Recebemos muitas pessoas do interior e de outros estados que vêm a Goiânia para procedimentos médicos e permanecem por alguns dias. Os apartamentos compactos surgem como opções mais econômicas e confortáveis do que hotéis”, explica.
A economia aquecida também favorece o setor: “Com o crescimento do PIB, aumenta o número de eventos, feiras e encontros corporativos. Profissionais como consultores, representantes comerciais e executivos precisam de hospedagem, e o Centro de Convenções, por exemplo, tem registrado alta ocupação”, completa.

Com a popularização do modelo, surgiram empresas especializadas na gestão completa desses imóveis. Elas oferecem desde a decoração e mobiliário até o controle de reservas, limpeza e manutenção, sem exigir envolvimento direto do proprietário. “A locação por temporada pode gerar rendimento significativamente superior ao aluguel convencional. E com uma empresa de gestão, o investidor garante retorno sem burocracia”, diz Razuk.

Para atender essa demanda, a SOMOS firmou parceria com a Housi, empresa especializada em gestão de locação por temporada, para oferecer essa solução aos clientes. “O cliente terá a opção de deixar seu apartamento sob responsabilidade de uma empresa experiente, com atuação nacional nesse tipo de gestão”, finaliza.

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